Através da dança, ‘Cura’, o novo espetáculo da Cia de Dança Deborah Colker, trata de ciência, fé, da luta para superar e aceitar limites, do enfrentamento à discriminação e ao preconceito. E chega a Salvador sábado, 9, às 21h, e domingo, 10 de abril, às 20h, no Teatro Castro Alves. Os ingressos custam de R$ 25 a R$ 180 e estão à venda no Sympla. A música é de Carlinhos Brown.
Deborah Colker concebeu este projeto em 2017, inspirado na busca pela cura de Theo, seu primeiro neto, que tem Epidermólise bolhosa distrófica recessiva – nome que Deborah precisou escrever no papel e custou um mês até decorar. Deborah percebeu que há outras formas de cura além das que a medicina possibilita. “Viver a cura do que não tem cura”, declarou a coreógrafa.
No palco, dores são mostradas, mas muita esperança também. Deborah diz que procurou preservar a alegria necessária à vida. Marcou-lhe a viagem que fez a Moçambique durante a preparação, quando conheceu pessoas que não perdiam a vontade de viver, apesar das suas muitas dificuldades. Ela foi procurar curas e encontrou alegrias. Decidiu incorporar ao espetáculo referências de três religiões monoteístas e elementos de culturas orientais, indígenas e africanas. ‘Cura’ conta, logo no início, a história de Obaluaê – orixá da cura e da doença.
Pensando em tudo o que a inspirou na criação deste projeto, Deborah diz: “A arte existe para melhorar o mundo e nos tornar mais humanos, entendendo que a força e a fragilidade caminham juntas. A evolução da civilização se dá pelas pessoas especiais. As grandes mudanças são feitas por aqueles que não são aceitos, que têm que criar adaptações para poder sobreviver”, finaliza.