Grandes empresas solicitaram recuperação judicial no primeiro semestre deste ano. Entre as mais conhecidas estão Dia, Gol, e Casa do Pão de Queijo. Entretanto, as micro e pequenas empresas lideram os pedidos de RI, que teve um aumento de 71% em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Serasa Experian.
O setor de serviços encabeçou os pedidos de recuperação judicial com 422 registros, seguido pelo comércio (277), indústria (161) e setor primário (154). “Essa medida representa uma ferramenta jurídica de grande importância no contexto empresarial do Brasil, pois oferece uma saída à falência para empresas em situação financeira delicada”, destaca o advogado Cândido Sá, especialista em Direito do Consumidor e Gerenciamento de Crise.
A recuperação judicial faz a empresa ganhar tempo para reestruturar suas dívidas, já que poderá negociar débitos de forma vantajosa e reduzir juros, buscando o seu saneamento financeiro. Enquanto isso, poderá se manter operando normalmente. “A empresa também é “blindada” contra ações ajuizadas pelos credores, já que fica impossível execuções, penhoras e outras medidas judiciais. Essa proteção é fundamental para que a empresa se concentre na reestruturação”, afirma o advogado.
A Recuperação Judicial é uma ferramenta importante para companhias enfrentando problemas financeiros, porém, sua adoção deve ser feita de maneira cuidadosa e estratégica. É essencial analisar minuciosamente as vantagens e desvantagens da RJ, considerar os custos e benefícios envolvidos, e buscar aconselhamento especializado de um advogado a fim de assegurar que essa seja a alternativa mais adequada para a reestruturação da empresa.
