Lançado em 2008, Estômago foi conquistando o público e virou um grande sucesso de público e crítica. Muito por conta da dupla Marcos Jorge, o diretor, e de João Miguel, que deu vida ao protagonista, o cozinheiro/chef Raimundo Nonato. Agora, 16 anos depois, chega aos cinemas Estômago 2: O Poderoso Chef e, não, você não precisa ter visto o primeiro para assistir à continuação.
Nonato continua na cadeia e agora é o chef especial, fazendo pratos saborosos para o diretor e os funcionários. Também é o chef do grupo comandado por Etcétera (Paulo Miklos). A “harmonia” do presídio muda com a chegada de Don Caroglio (Nicola Siri), um italiano que não está interessado em ser subalterno a Etcétera. Tentando fazer o meio de campo, Nonato acaba se metendo em confusões.
E, basicamente, a trama de Nonato é só essa. Ser o alívio “cômico” da trama, enfraquecendo muito o personagem que vimos no longa anterior. Ele parece mais um Didi Mocó (de Os Trapalhões) perdido na trama, sem arco nenhum, com um final que perde força. E Paulo Miklos parece no piloto automático com seu Etcétera.
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Quem se destaca é Nicola Siri. Desde a primeira cena do longa, na qual ele tem um monólogo em uma mesa de jantar, até o final, é com ele que nos preocupamos e torcemos. Não à toa, o ator ganhou o prêmio de Melhor Ator no Festival de Gramado pois consegue imprimir no personagem diversas camadas. ,
Também se beneficiou de que o personagem foi bem escrito pelos roteiristas Bernardo Rennó e Lusa Silvestre. Porém, esses mesmos roteiristas criaram um longa que tem a estrutura exatamente igual ao longa anterior.
Estômago 2: O Poderoso Chef vale mais pela presença forte de Nicolas Siri e o arco do seu personagem, do que por ser algo original. E uma pena que o talento de João Miguel tenha sido tão desperdiçado.