Ter Viola Davis em um filme já é certeza de, pelo menos, termos uma grande atuação. Junte-se a isso um elenco coeso e eficaz, cenas de luta bem coreografadas e a cultura africana como tema, e temos um grande filme como “A Mulher Rei”, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 22.
Baseado em uma história real, o filme nos apresenta as guerreiras Agojie, comandadas por Nanisca (Viola Davis), que fazem parte do reio de Daomé, na África Ocidental. No filme, o rei Ghezo (John Boyega) estava se revoltando contra Oyo, uma nação que traficava escravos, principalmente para o Brasil.
Quando Nawi (Thuso Mbedu) se recusa a casar por obrigação, sua família a expulsa de casa, fazendo-a treinar com as Agojie. No início, o destempero de Nawi irrita Nanisca, mas a convivência vai trazer surpresas para as duas.
Viola Davis, aos 56 anos e toda musculosa, como uma guerreira, encabeça a trama que ainda tem um elenco sensacional com Thuso Mbedu sendo um grande destaque. Ainda temos a 007 Lashana Lynch como Izogie e Sheila Atim interpretando Amenza, a grande amiga de Nanisca. Todas estão muito bem, mostrando vigor.
A diretora Gina Prince-Bythewood, que já tinha mostrado ser boa em ação com “The Old Guard”, da Netflix, mostra que evoluiu também na forma de contar história, já que “A Mulher Rei” supera, e muito, o filme protagonizado por Charlize Theron.
A parte negativa do filme é apenas um romance apressado entre Nawi e um português – ou brasileiro – que soa artificial, apesar de ser importante para o andamento da história.
“A Mulher Rei” tem tudo para se tornar um novo fenômeno de bilheteria, pois é uma ótima história com um elenco soberbo e uma fotografia linda.
