Por Bruno Porciuncula
Vivian (Jane Fonda), Diane (Diane Keaton), Sharon (Candice Bergen) e Carol (Mary Steenburgen) são quatro amigas inseparáveis que participam de um clube do livro. Para apimentar o encontro, elas começam a ler a trilogia “Cinquenta Tons de Cinza”. Inspiradas pela obra escrita por E.L. James, elas buscam apimentar as relações e encontrar novos amores no longa “Do Jeito que Elas Querem”.
A comédia, escrita e dirigida por um homem, Bill Holderman, foi feita para o quarteto protagonista brilhar. Jane Fonda, já com 80 anos, faz o estilo “pega, mas não se apega”, até reencontrar Arthur (Don Johnson, na vida real, pai de Dakota Johnson, protagonista dos filmes “Cinquenta Tons de Cinza”). Diane Keaton interpreta uma viúva e é a mesma de sempre (e isso é ótimo), com alguns diálogos feitos para ela que parecem saído de filmes do ex-marido Woody Allen.
A recatada juíza federal interpretada por Candice Bergen pretende reencontrar o amor após 18 anos de separação, e ainda tem que lidar com o marido e a atual namorada, que tem idade para ser filha dele. Fechando o quarteto, Mary vive uma mulher casada há anos com Bruce (Craig T. Nelson) e passam por um momento frio no casamento.
A química entre as atrizes e os diálogos afiados divertem. Bill Holderman soube conduzir um time de estrelas deixando com que elas tenham seus momentos sem que uma ganhe mais destaque que a outra.
E, apesar de ter um homem no comando do filme, a visão é feminina, fazendo com que o filme não apele para piadas machistas. É divertido ver mães já vividas recuperando o prazer e tendo dificuldades como uma adolescente.
“Do Jeito que Elas Querem” conta ainda com as participações de Andy Garcia, Alicia Silverstone e Richard Dreyfuss, além da escritora E.L. James.