As banalizações dos relacionamentos humanos atuais são abordadas de formas críticas e reflexivas no livro “Ir Também é Ficar” (editora Penalux, 110 páginas), que traz contos de seis autores baianos relevantes para a nova geração. A obra será lançada no dia 16/02 (domingo), das 15h30 às 20h, no Café Feito a Grão (quiosque) do Salvador Shopping, localizado no piso L2.
Em cada página do livro, estão personagens com diferentes formas de enxergar o mundo. A leveza do amor, a urgência do romance, o peso da traição e a quebra das banalidades andam de mãos dadas nas entrelinhas das tramas.
O evento, que é aberto ao público, terá bate-papo com os autores Edgard Abbehusen, Vanessa Brunt (que é também organizadora do projeto, cujo conto dá nome ao livro), Matheus Peleteiro e Evanilton Gonçalves. A obra ainda inclui escritos da jornalista Mariana Paiva e de Elizza Barreto.
Durante o lançamento, exemplares estarão à venda para os leitores, mas o produto também já pode ser adquirido através do site da editora (https://bit.ly/36PBckI). A obra Depois Daquilo, da autora Vanessa Brunt, também estará disponível para compras e autografos no local.
O conto que dá nome ao livro apresenta uma distopia vivida em Salvador e repleta de metáforas que simbolizam a sociedade atual. O enredo exibe uma realidade em 2040 em que não existem mais casamentos, a ideia de ser filho de alguém ou quaisquer percepções de família. É necessário seguir as regras de um governo totalitário para não sofrer as terríveis consequências. A jovem Felícia precisa, então, mais uma vez se mudar de casa, assim como todos: que são obrigados a fazer as malas de ano em ano. Curiosa sobre como as coisas eram em 2019, essa moça pode acabar se perguntando também sobre como tudo ainda pode ser.
Os percalços da moça se conectam pelas rachaduras com a vida de Giulia, que se passa em 2019, em outro conto do mesmo livro. Giulia está no aeroporto decidindo caminhos que quebram o que achava sobre a vida, enquanto, em outro universo, estão Sérgio e Rose, que se apaixonam e lutam para derrubar as barreiras do sistema.
Com outra trama feita de entrelinhas, Tomás vai lidar com consequências de uma traição e, no mundo seguinte, duas vidas estarão assombradas pelas possibilidades que foram deixadas de lado. Enquanto isso, em outro escrito das páginas, uma mulher analisa a ida de um estrangeiro.
Com críticas sociais de diversos escalões, Ir Também é Ficar que faz ode aos que se indignam com as inversões de culpas sociais. Indo de uma distopia até os pontos mais literais do passado e presente, é um livro é feito para quem sabe que uma vez que entramos, não há mais saída completa.