Com o tema “Clima, Biodiversidade e Soluções baseadas na natureza e no compromisso coletivo”, a regional baiana da Câmara Americana de Comércio para o Brasil abriu o debate sobre as ações de sustentabilidade do ambiente corporativo brasileiro e a reflexão do impacto no crescimento das companhias, durante o Fórum de Sustentabilidade 2025, realizado no Palacete Tira-Chapéu, no Centro Histórico de Salvador, no dia 28 de maio.
De acordo com o estudo apresentado em 2025, 76% das empresas brasileiras já adotam práticas sustentáveis com algum grau de maturidade, o que representa um salto de 5 pontos percentuais em relação a 2024. Avaliadas em diferentes estágios de maturidade (atrasados, maioria tardia, maioria inicial, adotantes iniciais, e inovadores), 72% das empresas já integraram a sustentabilidade à sua estratégia de negócio. Porém, apenas 48% utilizam benchmarks e avaliações externas para medir seu progresso.
Para Ticiana Carvalho, Diretora de ESG do Grupo GVC, é indiscutível a evolução das organizações no que tange a incorporação das práticas sustentáveis. “No Grupo GVC, essa já é uma realidade há quase 30 anos. A sustentabilidade está no nosso DNA desde os serviços que oferecemos até as ações de educação ambiental e os projetos internos que desenvolvemos. Faz parte da nossa essência e da forma como contribuímos para impactar mais gerações.”, afirma.
Ainda segundo o levantamento, o principal desafio para empresas na jornada de sustentabilidade é demonstrar o retorno financeiro dessas práticas, dado que é citado por 58% dos respondentes. Engajamento da liderança e executivos (54%) e integração da sustentabilidade à estratégia, cultura e modelo de negócio (44%) aparecem em seguida.
Impacto no negócio e governança
A pesquisa apontou ainda a relação direta entre a maturidade em sustentabilidade e os benefícios percebidos pelas empresas: 87% das empresas em estágio avançado percebem maior impacto positivo na sociedade e no planeta, contra apenas 36% das em estágio inicial. A diferenciação da oferta de valor também foi percebida pelos respondentes: 75% das empresas maduras afirmam que a sustentabilidade contribui para a diferenciação de sua oferta de valor.
No que tange à governança nas organizações, há um compromisso significativo com com privacidade e segurança de dados (86%) e políticas de transparência, ética e combate à corrupção (80%), no entanto, ainda há espaço para o desenvolvimento da agenda ESG de forma ainda mais estratégica e impactante, , visto que apenas 33% atualizam periodicamente sua Matriz de Materialidade e 41% publicam anualmente seu Relatório de Sustentabilidade.
Para Pedro Dornas, gerente regional da Amcham, os negócios que não incorporam critérios de ESG, não estão só perdendo competitividade, mas também relevância.”O impacto vai além da imagem: envolve eficiência operacional, atração de investidores, retenção de talentos e abertura de novos mercados. Na prática, investir em sustentabilidade é investir em longevidade empresarial. E quem entende isso, está liderando o jogo – não só nos resultados, mas na construção de um futuro melhor”, reflete.




















