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Exposição

Exposição no MUNCAB reúne gerações de artistas baianos que contribuem para a arte afro-brasileira

Com nomes como Lita Cerqueira, Adriano Machado e Mestre Didi, a exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira, realizada pelo CCBB, segue em cartaz em Salvador até agosto

Foto | Ulisses Dumas - Divulgação

A força e a diversidade da arte produzida por artistas negros da Bahia está refletida na exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira, em cartaz no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB), no centro histórico de Salvador, até agosto. Com cerca de 150 obras de 69 artistas, entre os 12 artistas baianos presentes, dois nomes simbolizam diferentes gerações e trajetórias, a fotógrafa Lita Cerqueira e o artista visual Adriano Machado. 

A mostra propõe um panorama da produção afro-brasileira, a partir do mapeamento e da pesquisa do Projeto Afro, articulando tradição e contemporaneidade em cinco eixos curatoriais: Tornar-seLinguagensCosmovisãoOrum e Cotidianos. Cada um desses núcleos homenageia um artista da mostra, reconhecendo trajetórias que ampliam o repertório visual da arte afro-brasileira.

No eixo Cotidianos, a artista homenageada é a baiana Lita Cerqueira, 75 anos, considerada a primeira fotógrafa negra profissional do país. Lita iniciou sua carreira nos anos 1960 e construiu um acervo marcante sobre a cultura e o cotidiano negro. “Toda vez que visito essa exposição ou abro o catálogo, penso que sou apenas uma gota d’água diante da grandiosidade do que está ali. Nela, está representada a história do Brasil, com artistas incríveis.” afirma.

Já Adriano Machado, 38, integra o eixo Linguagens com trabalhos que exploram o corpo negro, o cotidiano e os limites da imagem fotográfica. “Crio imagens com o que está ao redor: o vapor da panela, a luz da manhã, os gestos de quem me cerca. Me interessa como essas cenas revelam formas de liberdade e reinvenção”, explica o artista que é doutorando em Artes Visuais pela UFBA.

A presença baiana se estende pelos cinco eixos da mostra. No Tornar-se, Tiago Sant’Ana investiga identidade e ancestralidade a partir do autorretrato e da performance. Em Cosmovisão, Guilherme Almeida apresenta pinturas vibrantes que abordam afetos. No Orum, Álex Igbó propõe uma travessia espiritual entre Brasil e África, combinando religiosidade afro-baiana e símbolos urbanos.

A curadoria é assinada por Deri Andrade, idealizador do Projeto Afro. Segundo ele, trazer a exposição para Salvador é um marco muito importante para a exposição. “A cidade é um ponto de encruzilhada simbólica. Trazer esses trabalhos para o MUNCAB é reconhecer a força estética e política da arte negra na Bahia e no Brasil. Aqui, cada eixo ganha uma nova camada de leitura”, afirma.

O percurso da mostra também presta homenagem a mestres baianos como Rubem Valentim e Mestre Didi, cujas obras reafirmam o vínculo entre arte, espiritualidade e ancestralidade. A pintura construtiva de Valentim e as esculturas de Didi estão entre os pontos altos da exposição.

Além de Lita Cerqueira, Adriano Machado, Mestre Didi, Guilherme Almeida, Álex Igbó, Rubem Valentim e Tiago Sant’Ana, também integram a exposição os seguintes artistas baianos: o santamarense, Emanoel Araújo; e os soteropolitanos J. Cunha, José Adário, Milena Ferreira e Yêdamaria.

Realizada pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em parceria com o MUNCAB, com produção da Tatu Cult e patrocínio do Banco do Brasil via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a exposição já passou por São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, reunindo mais de 300 mil visitantes. Em Salvador, o reencontro com a produção baiana aprofunda o diálogo entre território, identidade e arte.

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