A prática intensiva de atividade física, assim como o uso excessivo de dispositivos eletrônicos, como computadores, videogames e celulares por crianças e adolescentes, têm contribuído para o aumento dos casos de tendinite entre os jovens.
“Essa condição é uma inflamação que afeta os tendões. Anteriormente associada principalmente a adultos, a tendinite está se tornando cada vez mais comum entre os mais jovens principalmente por conta dos hábitos de vida contemporâneos”, explica o ortopedista pediátrico da Clínica CICV, Walter Guimarães.
De acordo com o médico, os fatores que colaboram para o surgimento das tendinites incluem: atividades repetitivas e prolongadas sem períodos adequados de descanso, movimentos forçados, contração muscular excessiva e posturas inadequadas.
“Os principais sintomas de tendinite são dor e limitação da mobilidade. No começo, as dificuldades de mobilização, de apoio e de fazer força podem ser indicativos para uma inflamação dos tendões. Esses sintomas podem agravar-se com a persistência das atividades que provocam a tendinite, agravando o quadro e tornando fundamental a intervenção precoce para evitar complicações mais sérias”, frisa.
Prevenção
É fundamental incentivar as crianças e adolescentes a praticarem atividade física regular e moderada para melhorar a postura, especialmente considerando o tempo significativo que passam em frente às telas de computador, tablet ou celular. “Além disso, é importante considerar as condições de uso, como a inclinação do teclado, a adequação da cadeira para proporcionar suporte adequado e a altura do monitor para garantir uma postura correta”, afirma o especialista.
Ele diz também que manter uma rotina de exercícios físicos não apenas fortalece os músculos e melhora a mobilidade articular, mas também auxilia na prevenção da tendinite. “É essencial que aqueles que se dedicam a atividades físicas intensas estejam atentos à frequência e intensidade de seus treinos, ajustando-os ao longo da semana para evitar lesões e minimizar o desgaste das articulações. Essa prática deve ser sempre realizada sob a orientação de profissionais da área e após a liberação médica, garantindo segurança e eficácia. Vale ressaltar que a avaliação de um especialista é essencial para investigar a causa da tendinite e excluir doenças mais graves que possam levar a sequelas nas articulações e em outras partes do corpo”.