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Crítica – Resgate 2

O primeiro Resgate (2020) não tinha lá muita coisa em termos de trama e os personagens eram pra lá de clichê, mas a ação era bem conduzida o bastante para fazer valer a experiência. Resgate 2 mantem os méritos do original e tanta dar mais camadas aos personagens, embora não chegue a ser bem sucedido nessa segunda empreitada e não sei se precisávamos realmente de uma continuação.

Depois de sobreviver aos eventos do primeiro filme o mercenário Tyler Rake (Chris Hemsworth) é contatado por uma figura misteriosa (Idris Elba) para resgatar a esposa e filhos de um perigoso criminoso internacional de uma prisão na Geórgia (o país, não o estado dos EUA). Ketevan (Tinatin Dalakishvili), a tal esposa de criminoso, tem uma conexão passada com Tyler e servem como motor para o mercenário aceitar a missão.

Tal como no anterior, o filme empolga pelas enérgicas cenas de ação que tomam longos planos-sequência (ou que parecem ser planos-sequência) a exemplo da brutal extração na prisão no início do filme com Tyler e sua equipe enfrentando dezenas de criminosos em tomadas com pouquíssimos cortes aparentes que praticamente não dão tempo para o espectador retomar o fôlego. A ação também se beneficia de não diluir a violência e o sangue que flui nos embates, nos fazendo testemunhar as consequências brutais de cada luta, seja no modo como os protagonistas despacham seus inimigos, seja nos ferimentos que se impõem sobre os heróis e ampliam a sensação de risco, deixando claro que eles ficam debilitados ao longo da jornada.


É inclusive uma pena que toda essa ação bem orquestrada fique restrita às telas de nossas televisões, já que por melhor que seja as qualidades de um aparelho atual nada se compara a uma tela de cinema e a complexa coreografia de ação construída pelo diretor Sam Hargrave (ele próprio um experiente dublê de ação) merecia ser conferida em tela grande. Às vezes sinto que a Netflix perde oportunidades de ganhar dinheiro ao não lançar algumas de suas produções no cinema. Claro, alguns efeitos digitais são um pouco artificiais, a exemplo da longa sequência de luta em um trem na qual toda a paisagem externa é claramente chroma key, no entanto, a ação é tão bem conduzida e nos deixa tão imersos que essas limitações não produção não prejudicam tanto a experiência.

A trama tenta expandir um pouco o passado de Charlie, em especial a relação com a ex-esposa e a morte do filho mencionadas no primeiro filme. Ainda está tudo dentro do clichê do soldado experiente marcado por um trauma do passado, mas ao menos Hemsworth traz uma emoção genuína ao nos mostrar a dor e arrependimento de Tyler. Do mesmo modo, há uma tentativa de humanizar o vilão ao mostrar o relacionamento próximo com alguns familiares. Não ajuda muito em fazê-lo deixar de ser só mais um genocida genérico do leste europeu, mas ao menos não o deixa ser tão unidimensional.

Apesar da trama continuar não sendo grande coisa, Resgate 2 envolve pelas cenas de ação brutais beneficiadas pelos longos takes e senso de movimento.

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