Carnaval é aquele estado de alegria que não sai da cabeça dos foliões e principalmente dos baianos, que adora pular atrás do trio elétrico até o último segundo da folia momesca com gostinho de quero mais. Ok. Mas as histórias – e cada um, claro, tem lá a sua! -, e a saudade do Carnaval tomaram conta de muitos carnavalescos neste ano de 2021, por conta do agravamento da pandemia da Covid-19 e pela não realização do Carnaval.
Foi pensando nesse sentimento de hiato da folia baiana, que eu convidei alguns nomes para deixarem, aqui, no site Bahia Social Vip, algumas de suas melhores histórias e momentos marcantes e porque não inesquecíveis durante o Carnaval de Salvador. Confira, abaixo, o que o jornalista Marrom, do Correio, a promoter Marta Góes, o estilista Fábio Sande, a cantora Sarajane e a empresária Regina Weckerle revelaram. Boa folia #emcasa, com direito, se não aos trios, as lives que estão por aí!
Sarajane
“A história marcante que tenho foi ter a vontade de cantar no bloco ‘Me Deixe à Vontade’, que reúne foliões com deficiências visual, física, auditiva, intelectual e outras, por muitos anos e consegui. Cheguei no Campo Grande cantando com o projeto Casino do velho Guerreiro e fazer aquelas pessoas lindas e puras ter tanta alegria, esquecendo das dores físicas, com suas cadeiras de roda, foi lindo. Olhar para os camarotes ver pessoas chorando de emoção por ouvir a canção que eu trazia. Foi emocionante. Hoje seria o dia do bloco me deixe a vontade da ABADEF – Associação Baiana de Deficientes Físicos. Que D. Luiz Câmara sua fundadora esteja em paz”
Regina Weckerle
“Sempre amei a festa carnaval e meus melhores momentos de Carnaval sempre foram no Camarote Daniela Mercury, que frequentava como convidada da querida Licia Fábio. Eram horas memoráveis e bonitas”
Fabio Sande
“Tenho duas histórias que me marcaram. A minha primeira vez que fiz a roupa de Alinne Rosa, da banda Cheiro de Amor. Ela estava estreando em 2004, era terça-feira de Carnaval, ela estava vestida de Iemanjá e ela cantou ‘Canto ao Pescador’ em pleno Campo Grande. Sempre amei essa música, sempre fui apaixonado pelo Cheiro. Então, naquele momento que eu vi Alinne com minha roupa, com meu figurino, cantando aquela música, eu em cima do trio, aquilo foi uma coisa, uma emoção única, aquilo realmente me emocionou demais. Foi assim uma coisa incrível. A outra vez, no camarote Daniela Mercury, acho que em 2007, 2008, quando ela cantou a música Canto de Areia da cantora Clara Nunes. A canção é linda, e foi uma emoção, ver o mar durante esse momento, sou muito fã de Clara Nunes, momentos de puro êxtase, de pura beleza, pura alegria que eu senti, foi algo fantástico que não dá parta descrever de tanta emoção, foi muito lindo. Esses dois momentos não vão sair da minha cabeça, por isso que não dá para escolher um momento, porque foram dois”
Marta Goés
“Meus momentos são vários, mas tem três que me marcaram profundamente. Primeiro quando cheguei em meu camarote e estava estampado na porta do Camarote Marta Góes, uma matéria comigo, do jornal A Tarde, na época, assinada pelo meu amigo jornalista Ronaldo Jacobina, com uma foto enorme e no título, assim, ‘Senhora Carnaval’. Aquilo para mim foi um marco. Eu comecei a ver que eu estava crescendo no carnaval de Salvador. Outro momento, em 2015, eu nunca vou esquecer. Foi um ano que meu filho chegou do Canadá, foi um ano difícil, que muita gente teve dificuldade de captação, e na sexta-feira de Carnaval quando Bell Marques passou na porta do camarote ele veio cantando a música ‘Selva branca’, que ele sabe que eu gosto demais. Foi o ano que meu filho Manfred nasceu. Daí quando Bell parou seu trio elétrico em frente ao camarote, escutei palavras foram de incentivo total por eu ter conseguido montar o camarote. Ele chegou a afirmar que o ‘Camarote Marta Góes é uma realidade na avenida’. O terceiro momento foi quando a família de Orlando Tapajós me procurou dizendo que ele queria ir em meu camarote. Ele foi um grande carnavalesco. Foi uma honra ter recebido Orlando em diversas noites!”
Marrom
“Rapaz, um dos momentos mais importantes, assim, do carnaval, entre tantos outros, foi a primeira vez quando eu vi Luis Caldas, já estrela, né, puxando o trio. E o que me chamou atenção, é o seguinte, porque a gente tava acostumado a ver quem, Moraes Moreira, Novos Baianos, né? Caetano, Gil, pessoal de fora que vinha. Mas, quando eu vi pela primeira vez, um artista, né? Um artista local, né? Um artista baiano, que não precisou sair da Bahia pra fazer sucesso, estourou e puxando um trio e a multidão toda atrás, todo mundo vendo a saída dele, aquilo marcou bastante. E eu inclusive fui lá pra Barra, ver a saída dele”
