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Literatura

Livro sobre pesquisa com “molécula do espírito” é lançado em Salvador

Um livro cuja protagonista é uma molécula que causa visões, pensamentos e sentimentos. Esse é o tema de “DMT: A Molécula do Espírito”, do médico psiquiatra e pesquisador norte-americano, traduzido pela primeira vez para a língua portuguesa e com lançamento no dia 10 de outubro, no Teatro Jorge Amado, em Salvador (BA).

Com entrada gratuita, a programação terá palestras com dois pesquisadores brasileiros da Ayahuasca, chá que tem o DMT (Dimetiltriptamina) em sua composição química e é utilizado em pesquisas sobre seus efeitos biológicos e terapêuticos em humanos, e também em rituais religiosos.

Strassman explica que o DMT é encontrado em diversas plantas e animais, sendo também produzido pelo corpo humano, onde tem alta atividade no cérebro e na retina. Quando ingerida por meio do Chá Ayahuasca, milenarmente utilizado por grupos indígenas da região Amazônica (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela), “a molécula do espírito” conduz a uma expansão da consciência.

“Agora, um livro dedicado ao DMT está disponível no país mais responsável por difundir essa poção ao redor do mundo. Mais do que qualquer outro lugar, o Brasil é o país onde o maior número de pesquisas está acontecendo atualmente a respeito dos efeitos biológicos, terapêuticos e religiosos da Ayahuasca”, complementa o autor, um dos pioneiros da pesquisa com a molécula sintetizada e injetada em humanos.

Palestras

Convidado a participar do lançamento, Paulo Cesar Ribeiro Barbosa, psicólogo, cientista social, doutor em Ciências Médicas e professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em Ilhéus (BA), conta que a Ciência tem identificado resultados consistentes na avaliação dos traços de personalidade de participantes de rituais religiosos com a Ayahuasca.

“São pessoas mais pró-sociais, altruístas e otimistas, segundo pesquisas realizadas desde 1996. Mas ainda precisamos validar esses resultados com outras pessoas, antes de elas entrarem para participar de rituais com a Ayahuasca, e também acompanhar participantes por um longo período”, explica o pesquisador da UESC, que vem realizando estudos em parceria com Rick Strassman e, entre 2011 e 2013, fez o pós-doutorado na Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, onde o autor do livro é professor.

Luís Fernando Tófoli, médico psiquiatra e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), também palestra no lançamento e fala sobre o uso da Ayahuasca no tratamento de dependentes: “Ainda não é muito claro. Mas a gente busca, do ponto de vista da Ciência, uma comprovação mais consubstancial de que o chá pode ser uma forma de tratamento à dependência de drogas”, diz Tófoli, que também pesquisa a relação da Ayahuasca com a saúde mental.

“Os estudos que investigaram pessoas com depressão apresentaram efeito positivo. A gente sabe que o Chá contribui com a saúde mental. Agora é importante dizer que ele não é recomendado para pessoas diagnosticadas com esquizofrenia e psicose, por exemplo”, complementa o pesquisador da Unicamp.

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