Quando se trata de bancos, um dos maiores temores é a burocracia envolvida no controle financeiro. Pagar mensalidade, lidar com uma série de documentos e taxas de transferência são algumas das tarefas indesejadas pela maioria dos clientes. Entretanto, em plena revolução tecnológica, há um fator que tem tornado essa condição mais simples: os bancos digitais.
Os bancos digitais são plataformas virtuais que realizam todas as ações de um banco tradicional, só que sem um espaço físico para o cliente final. Esse novo modelo se destaca pelo uso de criptografias modernas, com muitos deles só permitindo transações após a aquisição de um aplicativo ou extensão protegido por códigos de segurança. Inovadores digitalmente, eles também têm sido objeto de investimento de grandes empresas, à exemplo da multinacional chinesa Tencent, que em 2018, investiu U$S 180 milhões no Nubank
Em 2019, a NuConta, plataforma digital do NuBank, atingiu 10 milhões de clientes, enquanto bancos como o Agibank, e Inter também tem crescido no mercado, com ambos tendo atingido a marca de 1 milhão de usuários em 2018. Com o advento de bancos digitais, diretor da Cruz Consultoria e estudioso da área Alex Cruz, aponta algumas vantagens do novo modelo de negócio.
Segundo Alex, uma das principais vantagens do novo modelo é que a maioria dos bancos online não cobram tarifas de manutenção mensal, nem impõem custo de transferências, o que torna possível reduzir despesas. Muitas empresas mantêm contas em dois, três bancos diferentes, e multiplicando as taxas pagas, ao final do ano tem-se um valor exorbitante, que pode ser economizado com o uso dos bancos digitais.
Entretanto, existem preocupações de pessoas relutantes ao método, principalmente no que se refere à falta de um suporte físico. Todavia, de acordo com Alex Cruz, a assistência online de bancos digitais tem se mostrado bastante eficiente, sanando os problemas dos clientes. Prova disso é que, de acordo com pesquisa realizada pelo InfoMoney, 78% das reclamações feitas no NuBank foram resolvidas, enquanto no Agibank a taxa de resolução chega a 90%.
“É importante usarmos a tecnologia ao nosso favor para nos adaptarmos ao mercado, aproveitar dessas mudanças pra simplificar processos e ter mais agilidade com um custo menor, sem perder a qualidade do serviço”, comenta Alex Cruz, que também é especialista em marketing pela FGV
Sobre a praticidade do modelo, o gestor explica que “hoje em dia, praticamente não se precisa ir na agência, pode se resolver tudo pela internet. Esses bancos possibilitam transações, consultas de saldo e empréstimos, deixando tudo muito mais eficiente. Salvo casos específicos não há porque continuar mantendo bancos físicos com tarifas desnecessárias, principalmente para microempresários e microempresas”, conclui.