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Salvador recebe primeira clínica para jovens e adultos com TEA da Bahia

Foto | DIvulgação

A busca por orientações e tratamentos para jovens e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem crescido no Brasil, principalmente considerando o número de diagnósticos tardios neste grupo, o que tem afetado diretamente a qualidade de vida destes indivíduos. 

Com a missão de contribuir significativamente para o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e cognitivas, assim como promover a autonomia, qualidade de vida e protagonismo de jovens e adultos autistas, a AutismA surge como um novo horizonte da inclusão e cuidado dedicado a essa parcela da nossa sociedade e será a primeira clínica multidisciplinar especializada na Bahia exclusivamente para esta faixa de idade.

Sua inauguração acontece, neste mês, em Salvador, e será um marco histórico para o estado e para a população em busca de apoio e orientação para jovens e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras neurodivergências. 

Apesar do autismo ser uma condição para a vida toda, infelizmente a assistência e discussão sobre este transtorno na fase adulta é ainda bastante restrita, mas requer muita atenção. É de extrema necessidade que a sociedade compreenda seu funcionamento em cada uma das fases de vida do indivíduo.

Dessa maneira, é possível proporcionar qualidade de vida e inclusão social das pessoas autistas. A clínica multidisciplinar, fundada por cinco sócias de diversas áreas de atuação no tema e cuja responsável técnica é a renomada neuropediatra Dra. Rachel Silvany, vem preencher uma lacuna importante no atendimento especializado para jovens acima de 12 anos e adultos com TEA, que muitas vezes são negligenciados ou não recebem a atenção necessária no cenário atual em nosso Estado.

 “Os autistas crescem e precisam de um acompanhamento especializado e individualizado, assim como as crianças com TEA”, alerta Dra. Rachel Silvany.

Em um ambiente afetivo e acolhedor, a AutismA contará com uma equipe especializada e interdisciplinar, formada por médicos, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, neuropsicólogos, sexólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, acompanhante terapêutico (AT), educadores digitais, teatrólogos, educadores físicos, professores de artes marciais (karatê) entre outros, para atender às necessidades dos pacientes de forma individualizada, proporcionando o desenvolvimento de suas próprias potencialidades e de uma vida funcional de qualidade.

Segundo a Dra. Rachel Silvany, o TEA é um transtorno complexo que afeta diferentes áreas do desenvolvimento e do funcionamento do indivíduo, de forma espectral, e por isso, é essencial contar com a expertise de profissionais de diferentes áreas da saúde, educação, artes e sociais (interdisciplinar) para atender às necessidades específicas de cada um, promovendo a sua inclusão na sociedade.

“Profissionais de diferentes áreas são capazes de fornecer uma avaliação mais abrangente e precisa para cada indivíduo, permitindo um plano de tratamento personalizado e melhor desenvolvimento dos objetivos terapêuticos. Isto vai, consequentemente, resultar em melhores desfechos para cada indivíduo, melhorando sua qualidade de vida e funcionalidade”, avalia Silvany. 

De acordo com a especialista em Análise do Comportamento Aplicada – ABA, Doutora em Enfermagem e Saúde, também sócia da clínica, Dra. Carolina Barbosa, o TEA é um transtorno neurológico que afeta a comunicação, interação social e comportamento. E, embora seja diagnosticado na infância, é importante salientar que o autismo também persiste na adolescência e na idade adulta.

“É importante destacar que cada pessoa com autismo é única e possui suas próprias características e habilidades. Para melhor compreender e apoiar adolescentes e adultos no espectro autista, é necessário educar a sociedade sobre a diversidade neurológica. A empatia, aceitação e inclusão são fundamentais para criar um ambiente mais acolhedor e igualitário para todos”, conclui. 

Na AutismA será realizada a terapia comportamental baseada na ciência ABA, “Applied Behavior Analysis”, que em português significa “Análise Aplicada do Comportamento”, além de psicologia, neuropsicologia, fonoaudiologia, psicomotricidade, psicopedagogia, nutrição (terapia alimentar), fisioterapia, terapia ocupacional,  cozinha experimental,  treinamento de habilidades sociais, teatro,  curso de educação digital (curso), artes marciais (karatê), entre outros. A clínica ainda promoverá simulações de entrevista de emprego, apresentações e oratória, a fim de preparar os jovens e adultos não idosos com TEA para a inserção e manutenção do mercado de trabalho.

A clínica contará com um horário de funcionamento estendido, de segunda a sexta, das 7h às 21h e sábados das 8 às 13h, proporcionando conforto e alternativa aos adolescentes e adultos que estudam e trabalham, facilitando o acesso aos serviços especializados e qualificados que a clínica oferece.

Apoio e capacitação dos familiares

É fundamental reconhecer a importância de cuidar daqueles que estão constantemente cuidando de indivíduos com autismo. Segundo um estudo feito com famílias norte-americanas e divulgado no Journal of Autism and Developmental Disorders, o estresse de mães de autistas se igualam ao estresse pós-traumático de soldados em guerra. Já um outro estudo realizado pela Universidade da Califórnia, mostrou que as taxas de depressão em mães atípicas chegam a 50%.

Por isso, a AutismA também se preocupa em oferecer capacitação aos familiares dos indivíduos com autismo, reconhecendo a importância de cuidar daqueles que estão sempre ao lado, enfrentando desafios diários marcados por uma carga emocional intensa.

Ao se sentirem mais preparados e capacitados para lidar com as dificuldades do dia a dia por meio de atividades em sala de espera, cursos e capacitação, além de atividades em conjunto com os próprios pacientes, a AutismA buscará proporcionar um ambiente acolhedor e seguro para compartilhar experiências e enfrentar os desafios da jornada do autismo em conjunto com esses cuidadores.

“Orientar e formatar a criação de uma rede de apoio que inclua familiares, amigos, profissionais de saúde, advogados, associações e outros pais de crianças autistas, pode ajudar a aliviar a carga emocional e oferecer um espaço seguro para compartilhar experiências e desafios. A AutismA também cuidará de quem cuida”, finaliza Dra. Carolina Barbosa. 

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