Pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, México e Suécia sinalizam que 25% dos pacientes que apresentam a chamada Covid-19 persistente (Covid longa) têm perda de cabelo. Existem pelo menos sete estudos acadêmicos acerca do assunto e estima-se que a Covid longa esteja associada a duas formas de queda de cabelo acentuada: o eflúvio telógeno e a alopecia areata. Ainda segundo os pesquisadores, é comum que infecções virais causem esse tipo de sintoma. Dengue, chikungunya, zika, por exemplo, também podem provocar perda dos fios.
A queda de cabelo acaba gerando um visual envelhecido e interfere na autoestima, no humor e até mesmo na autoconfiança. Porém, com um acolhimento profissional e a terapia capilar, esse quadro pode ser controlado e até mesmo revertido se for tratado a causa, trazendo de volta a autoestima do cliente/paciente.
“Apesar de ser tudo muito novo quando falamos de Covid-19, sabemos que por se tratar de uma infecção sistêmica, a absorção de nutrientes é comprometida. Logo, o ciclo capilar é alterado e fica comprometido”, frisa Domitila Dahia, terapeuta capilar, tricologista e proprietária do Vergel Spa de Cabelos. “Se no habitual cabelos e unhas já não são prioridades do nosso organismo, imagine quando ele se encontra em um estado de infecção”, indaga.
Segundo a profissional, a medicina integrativa e o tratamento multidisciplinar devem ser adotados para resolver o problema. “Cada pessoa é única, daí o porquê da importância de um atendimento individualizado, por especialistas na área de dermatologia, endocrinologia, nutrição e tricologia para potencializar os resultados”, destaca Domitila.
A tricologista alerta para a utilização de apliques de cabelo nesse período. “Esse é um momento de fragilidade capilar, então não se deve disfarçar a queda utilizando-os”, salienta. “Além disso, é essencial tomar cuidado com as químicas, potencializar a higienização do couro cabeludo e fibra, procurar orientação profissional para utilizar os produtos certos e nunca esquecer que só quem prescreve ou suspende medicação é o médico. Após vencer a doença o que importa é a oportunidade de estar viva e cuidando novamente dos seus cabelos. Procurar um profissional que o acolha é de suma importância para todo o processo”, complementa.
Domitila Dahia aproveita para lembrar que o tratamento do couro cabeludo é algo que deve fazer parte da rotina de todos. “Cabelo bonito é resultado de um couro cabeludo saudável. Para isso, é necessário optar por produtos mais naturais/orgânicos e tomar o maior cuidado com químicas capilares, alongamentos e implantes hormonais”, afirma.
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