Com uma carreira de mais de 50 anos na televisão, no cinema e na música, Zezé Motta já gravou discos e estreou shows homenageando seus compositores favoritos. E traz a Salvador, quarta-feira, 19 de novembro, às 20h, o show “Coração Vagabundo”, em que interpreta canções de Caetano Veloso. A apresentação será no Teatro Sesc Casa do Comércio e os ingressos estão à venda a partir de R$ 60 no Sympla e na bilheteria do teatro.
Zezé Motta faz uma releitura de seu próprio show lançado nos anos 90, criando um cenário intimista e ao mesmo tempo caloroso. Luz do Sol, O Ciúme, Odara, Esse Cara, Sampa e Tigresa fazem parte do repertório.
Relação com Caetano
Sua história com o músico baiano, dono de uma obra farta e repleta de boas composições, aconteceu em 1978 quando a artista lançou o LP “Zezé Motta” (Warner), onde compositores do porte de Rita Lee, Luiz Melodia e Moraes Moreira entregavam canções inéditas para ela levar aos estúdios. Foi ali estreia da cantriz no mercado fonográfico e lá estava Caetano, entregou “Pecado Original” para Zezé gravar.
No ano seguinte (1979) lá estava Zezé Motta interpretando Pecado Original no Programa Mulher 80, na TV Globo, que reuniu grandes estrelas da música brasileira. A gravação da obra por Zezé nunca mais foi a mesma depois de sua interpretação. Anos mais tarde Zezé grava “Miragem de Carnaval” a convite do próprio Caetano para o filme Tieta, de Cacá Diegues, onde também atuou como atriz. Em 2015 uma grande surpresa! Caetano diz a Nelson Motta que foi Zezé Motta que o inspirou no clássico “Tigresa”, de 1977.
Até então se dizia que Sônia Braga tinha sido a fonte inspiradora dos versos “Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel/ Uma mulher, uma beleza que me aconteceu/ Esfregando a pele de ouro marrom do seu corpo contra o meu.” Zezé ficou naturalmente lisonjeada com a revelação deste velho segredo da MPB. “Foi um presente lindo no início de 2015 saber que fui a musa inspiradora de ‘Tigresa’. Na época, quando essa inspiração era boato, eu ficava tímida sobre o assunto”, diz Zezé Motta.
