O cinema está acostumado a mostrar valentões que têm a mulher assassinada e partem para a ação para se vingar. E o que aconteceria se “o cara da TI” tivesse a esposa assassinada? É o que veremos nas duas horas de Operação Vingança, que chega aos cinemas nesta quinta-feira.
Charles Heller (Rami Malek) trabalha com criptografia na CIA – e é o cara que resolve os problemas dos computadores também. Quando sua esposa é assassinada em Londres, ele percebe que seus superiores não parecem preocupados em capturar o assassino, então pede para treiná-lo para que ele se vingue. Mas, claro, as coisas não vão sair como ele imagina.
Baseado no livro O Amador, lançado em 1981 por Robert Littell – e que tem o título ótimo, que deveria ser mantido para a versão brasileira do filme -, Operação Vingança é o típico filme de ação que não tenta inventar, mas nem por isso, se torna ruim. É um filme divertido, já que acompanhamos Rami Malek lembrando muito o personagem que o tornou famoso: Elliot Alderson, da série Mr. Robot.
A direção de James Hawes (do ótimo filme Uma Vida – A História de Nicholas Winton e da excelente série Slow Horses) é segura, como sempre. A relação de Charles com Sarah (Rachel Brosnahan) é que não tem muita química, mais pelo protagonista parecer uma pessoa antisocial e fechada – apesar da boa atuação de Malek – , enquanto Sarah é mais animada. O longa conta ainda com as boas participações de Jon Bernthal e Laurence Fishburne para dar um “molho” ao filme.
Operação Vingança é um bom exemplar de filme de ação, com seu protagonista rodando o mundo como um autêntico James Bond atrás de vingança. Apesar da falta de surpresas, o filme diverte e é uma excelente pedida para se assistir no cinema.
