A Bahia foi destaque no Concurso Internacional da ExpoQueijo Brasil, realizado no último fim de semana em Minas Gerais. O estado conquistou dois troféus de Bronze no maior concurso de queijos das Américas. “Parabéns a todos e nossa torcida para que no ano que vem tenhamos um queijo da Bahia como Super Ouro, premiação que neste ano foi para a Argentina”, ressalta Maricell Hussein, organizadora do evento.
Neste ano a ExpoQueijo Brasil – Araxá International Cheese Awards – limitou o número de queijos inscritos. Foram aceitos 1.100 queijos. Apesar da redução, que garante condições ideais de armazenamento e julgamento dos queijos; o número de países participantes aumentou. “Tivemos quase 15 países participantes e queijos de praticamente todos os estados do Brasil. Foi muito interessante perceber que 14 estados brasileiros receberam algum tipo de premiação e sete conquistaram Ouro. Isso demonstra o quanto o queijo brasileiro cresceu em qualidade e é competitivo e muito saboroso”, destaca Maricell.
O Brasil nunca conquistou o prêmio principal do concurso, o Super Ouro, mas segue como o país mais premiado nas demais categorias. Neste ano foram 100 troféus: 32 de Ouro, 32 de Prata e 36 de Bronze.O concurso internacional tem a curadoria da EPAMIG – Instituto de Laticínios Cândido Tostes (EPAMIG ILCT), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa). Ele segue regras internacionais e tem um sistema inédito que unifica as atividades, desde a inscrição das amostras, cadastro de jurados, avaliação dos queijos de acordo com os atributos sensoriais cadastrados, verificação das notas e dos medalhistas à emissão dos certificados.
Super OuroA Argentina levou pelo segundo ano consecutivo o principal prêmio da ExpoQueijo Brasil – Araxá International Cheese Awards, o maior evento do segmento nas Américas. O grande vencedor foi o Queijo 4 Esquinas, da Quesería Ventimiglia. O produto concorreu na categoria Queijo de leite de vaca pasteurizado, com tempo de maturação de mais de 365 dias e casca tratada.
O produtor Mauricio Couly conta que a inspiração do produto vem da Suíça e que ele leva o nome da sua terra natal na Argentina.“É um queijo que tem 26 quilos, feito com 250 litros de leite. Ele tem uma maturação especial, assim como na França e na Suíça. Tenho que lavar com salmoura, com bactérias especiais e isso dá um sabor, um cheiro especial à peça. A Patagônia também tem um terroir especial, então as características ficam de um queijo único”, explica Couly.