Após organizar e mediar o Painel de Portos, durante o II Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade, uma parceria do Ibrades e da ACB em Salvador, a Executiva de Logística Portuária, Patrícia Iglesias, foi convidada para participar do FIBE – Fórum Internacional Brasil Europa, que será realizado em Lisboa, nos próximos dias 24 e 25 de junho.
O Fórum de Integração Brasil Europa é uma associação sem fins lucrativos que tem como propósito fomentar debates, eventos e estudos para promover a aproximação cultural, econômica e social do Brasil com a Europa – em especial com Portugal e demais países da comunidade de países de língua portuguesa.
Patrícia Iglesias foi convidada para debater sobre a importância de investimentos para a economia do mar, no momento em que a tributação pode ser um entrave para o desenvolvimento do setor no âmbito nacional. Este diálogo é basilar para compreender como esses três elementos — tributação, investimento e economia do mar — se interconectam e influenciam diretamente o crescimento e a competitividade dos portos brasileiros, fundamentais para as exportações do país.
Patrícia Iglesias e Hadassah Santana irão participar dos debates ao lado de autoridades políticas e acadêmicas de Brasil e de Portugal, como Gillmar Mendes (Ministro do STF), Ângelo Coronel (Senador da República), Wellington Fagundes (Senador da República), Guilherme Sampaio (diretor da ANTT), Vander Costa (presidente da CNTT), Pedro Paulo (Deputado Federal), Joaquim Passarinho (Deputado Federal), Luiz de Mello (Diretor no Departamento de Economia da OCDE), Joaquim Oliveira, (Conselheiro da Comissária Europeia para a Coesão e Reformas).
“O setor portuário brasileiro já vem se modernizando para acompanhar as demandas internacionais de tecnologia para eficiência operacional, cibersegurança e o tripé da sustentabilidade- econômico, social e ambiental. Mas apesar de muitos de seus terminais privados já terem adotado equipamentos e tecnologia de ponta, além de práticas competitivas e eficientes, ainda temos muitos desafios regulatórios e a integração entre modais, em especial o ferroviário. A Europa tem expertise para compartilhar e apetite para investir”, explica Patricia.
Já Hadassah acredita que “o tema da economia do mar é fundamental quando se fala de desenvolvimento regional e nacional. É um vetor poderoso de desenvolvimento social, econômico e sustentável porque gera empregos e renda, promove inovação e competitividade e incentiva a descentralização econômica”, destaca.
Além disso, setores como pesca, aquicultura, turismo costeiro e marítimo oferecem oportunidades significativas de desenvolvimento local, especialmente em comunidades costeiras, além de atraírem receitas por meio do turismo. Nesse momento, em especial na construção de um modelo tributário que deixa de utilizar incentivos fiscais regionais, o que altera o poder dos governos subnacionais, o investimento do setor portuário em infraestrutura para escoamento será o principal motor de atratividade para a economia, com redução de custos logísticos e favorecimento do comércio interno e da distribuição equitativa de riqueza. Ambas acreditam que a economia do mar não só alivia as pressões fiscais no pós-reforma tributária, mas também cria um ciclo virtuoso de desenvolvimento equilibrado e resiliente, beneficiando toda a sociedade.