Connect with us

Olá, o que você está procurando?

Sustentabilidade

Amazônia Viva entra em operação para transformar realidade de milhares de famílias agroextrativistas

Fase piloto do projeto de financiamento possibilitará a maior participação de associações e cooperativas agroextrativistas a mercado global de ativos florestais

Foto | Divulgação

O Mecanismo de Financiamento “Amazônia Viva”, projeto de financiamento híbrido desenvolvido pela Natura, em parceria com a VERT Securitizadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), entrou em operação ao beneficiar 10 cooperativas e associações agroextrativistas na Amazônia, impactando positivamente os meios de vida de mais de 1.800 famílias na região.

A fase piloto da iniciativa conta com o aporte inicial da empresa de cosméticos, além de investimentos da Good Energies Foundation e do Fundo Vale, que totalizam R$ 12 milhões, sendo metade por meio de certificado de recebíveis do agronegócio (CRA) e a outra, através de um fundo de recursos não-reembolsáveis (filantrópico).

A diretora de sustentabilidade da Natura &Co América Latina, Angela Pinhati, explica que sistemas de financiamento são ferramentas fundamentais para fortalecer os negócios e cadeias da sociobiodiversidade amazônica ao facilitar o acesso de cooperativas e associações agroextrativistas e seus associados ao mercado global de ativos florestais, estimado em 175 bilhões de dólares, o que gera mais renda e prosperidade para as populações locais. 

“Felizmente, a bioeconomia da sociobiodiversidade vem ganhando cada vez mais espaço e isso se torna ainda mais relevante quando reconhecemos a vocação do Brasil para esse modelo e seu enorme potencial para ser líder global nessa economia que prioriza a vida, a natureza e as pessoas, gerando prosperidade. Porém, um dos nossos maiores desafios atuais é escalar e ampliar a agregação de valor para essas inúmeras e pequenas cadeias, que estão baseadas na diversidade socioambiental, características diferenciais destas cadeias amazônicas”, explica Angela. Para expandir esse modelo, de acordo com a executiva, é necessário fortalecer todo o ecossistema envolvido. ”O mecanismo de blended finance é um modelo inovador para fortalecer organizações, negócios e cadeias da sociobiodiversidade amazônica porque promove um modelo de desenvolvimento na Amazônia que alia conservação, geração de renda e valorização do conhecimento tradicional das populações locais, os verdadeiros guardiões da floresta em pé”, acrescenta. 

“Mecanismos de blended finance como o Amazônia Viva têm o potencial de destravar recursos e proporcionar o acesso de produtores locais ao mercado global de produtos florestais, estimado em USD 175 bilhões. Gerar riqueza para essa população é tornar tangível o que são hoje apenas estimativas sobre o valor potencial dos recursos ecológicos da Amazônia”, declara Manoel Serrão, Superintendente de Programas do FUNBIO.

A co-fundadora da Vert, Martha de Sá completa: “O mecanismo foi uma inovação financeira a muitas mãos, com muita dedicação. A forma como foi pensado empodera as cooperativas na Amazônia, para que tenham acesso a novas linhas e se tornem cada vez mais competitivas e sustentáveis. Sabemos que é só o começo e esperamos que o mecanismo sirva de inspiração para o mercado”.

Estima-se que na próxima década o mecanismo Amazônia Viva impulsione o desenvolvimento econômico e sustentável em 16 territórios, aumente a produção de mais de 40 cooperativas e associações agroextrativistas e beneficie mais de 10 mil famílias na região. Com mais recursos disponíveis, o objetivo é aumentar o faturamento dessas entidades e melhorar a renda das pessoas envolvidas, contribuindo também para a conservação e regeneração de 3 milhões de hectares de floresta, meta que integra a Visão 2030 de Natura &Co América Latina.

Como o mecanismo funciona e a aplicação dos recursos

O mecanismo opera por meio de dois instrumentos principais, ambos sob um mesmo processo de governança. O primeiro é um certificado de recebíveis do agronegócio (CRA), gerido pela VERT, que fornece financiamento antecipado às cooperativas e associações agroextrativistas da Amazônia. Esse recurso pode ser utilizado, sobretudo, como capital de giro para safras anuais, tornando as operações mais eficientes e aumentando a produtividade. 

O instrumento se torna sustentável à medida que os retornos do fundo são reinvestidos nos anos seguintes. A Natura, que atua como investidora principal do projeto e off-taker, terá o papel de mitigar riscos para outros investidores.

Já o segundo instrumento é o Enabling Conditions Facility (ECF ou Fundo Facilitador), um fundo de recursos não-reembolsáveis (filantrópico) gerido pelo FUNBIO. O ECF investirá em iniciativas que ofereçam assistência técnico para fortalecer aspectos operacionais e institucionais das cadeias da sociobiodiversidade e promoverá programas socioambientais para resolver desafios estruturais nos territórios, fortalecendo especialmente jovens e mulheres. O FUNBIO será responsável pelas diretrizes do ECF bem como coordenação e acompanhamento dos projetos apoiados.

Os primeiros desembolsos de CRA da primeira fase do Amazônia Viva foram direcionados a 10 cooperativas e associações fornecedoras de insumos da sociobiodiversidade para Natura. Simultaneamente, os primeiros investimentos do ECF estão sendo usados para fortalecer a gestão financeira das associações e cooperativas que tomaram o crédito. 

Leia mais

Cinema

Longa estreia nesta quinta-feira

Música

Apresentação será na Concha Acústica, em novembro

Gastronomia

Chefs criarão menu de entradinhas para noite especial no Rio Vermelho

Moda

Desde 2013, a IWC Schaffhausen é “Parceria Oficial de Engenheria” da equipe Mercedes-AMG PETRONAS mais de 10 anos que a marca de alta relojoaria...

Música

Show acontece na sexta-feira

Moda

Marca apresenta coleção especialmente para viagens rumo às altas temperaturas

Gastronomia

Novo empreendimento conta com menus assinados por grandes nomes da gastronomia nacional, com Fabi Agostini, Diego Lozano, Ian Spampatti e Márcio Silva