A febre maculosa é uma doença infecciosa, caracterizada por febre aguda e gravidade variável. É causada pela bactéria do gênero Rickettsia, transmitida através da picada de carrapatos, sendo a transmissão entre pessoas por contato direto inexistente. No Brasil, os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma. Foi a febre que causou a morte da dentista Mariana Giordano e do namorado, o piloto Douglas Costa.
Segundo o Ministério da Saúde, a doença pode apresentar desde formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com alta taxa de letalidade. Os sintomas principais da febre maculosa incluem dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e na sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, e paralisia dos membros que começa nas pernas e progride até os pulmões, resultando em parada respiratória.
A prevenção da febre maculosa baseia-se em evitar o contato com carrapatos. Portanto, em áreas propensas à exposição, algumas medidas podem ajudar a evitar a infecção: utilizar roupas claras para facilitar a identificação dos carrapatos; vestir calças, botas e blusas de manga comprida ao caminhar em áreas arborizadas e gramados; evitar locais com grama alta ou vegetação densa e utilizar repelentes de insetos.
Além disso, o Ministério da Saúde recomenda a remoção de carrapatos encontrados no corpo com o auxílio de uma pinça, sem apertar ou esmagar o carrapato. Após a remoção completa do carrapato, a área da picada deve ser lavada com álcool, sabão e água. Quanto mais rápido os carrapatos forem retirados do corpo, menor será o risco de contrair a doença.
No que diz respeito aos sintomas, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo alerta que podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta.
O estado possui duas espécies da bactéria causadora da doença, com poucos registros na região metropolitana devido à urbanização, e detecção a partir da década de 1980 nas regiões de Campinas, Piracicaba, Assis, regiões periféricas da área metropolitana de São Paulo e no litoral, embora em uma forma mais branda. Ambas as formas da doença são potencialmente letais e requerem atendimento médico rápido para receber um antibiótico específico.
Dados do governo paulista indicam que os municípios de Campinas e Piracicaba apresentam atualmente o maior número de casos da doença. Em 2023, foram registrados 10 casos de febre maculosa, resultando em quatro óbitos, incluindo o confirmado recentemente (12 de junho).
“A Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância das pessoas que moram ou viajam para áreas de transmissão estarem atentas aos primeiros sinais de febre e procurarem atendimento médico, informando sobre sua presença nessas regiões, a fim de receber