Depois de quase uma década fazendo a ponte aérea Brasil – Estados Unidos, as irmãs Sena decidiram utilizar o capital cultural adquirido durante todo esse tempo para lançar um produto que é a cara dos norte-americanos, mas tem a alma brasileira. Foi assim que nasceu a marca Bahia Mermaid Beach Wear, especializada em moda praia, que está sendo apresentada nas passarelas da moda em New York.
A marca é inspirada na natureza, especialmente no mar, e nasceu das memórias de infância de Suleima Sena que cresceu, ao lado das irmãs Suzane Sena e Cíntia Sena Dixon, na cidade baixa, no bairro da Ribeira, em Salvador. A nova coleção, que está sendo apresentada na Semana de Moda de New York, é considerada a mais ousada e sofisticada da Bahia Mermaid Beach Wear e por isso mesmo leva o nome de uma das regiões mais elegantes e luxuosas dos Estados Unidos, Hampton.
“A coleção foi desenvolvida com a finalidade de ter a versatilidade de Nova Iorque, a versatilidade das grandes metrópoles. Você pode ir para praia usando um modelo, pode tomar sol, tomar banho de mar, e ao mesmo tempo você estar chique. Pode, simplesmente, sair da praia e ir a um restaurante ou passear pela cidade porque é uma roupa ainda extremamente confortável por conta do material que as peças são produzidas”, comenta Suleima.
As irmãs uniram as expertises para colocar em prática o sonho de estrear nas passarelas da moda novaiorquina. Enquanto Suleima Sena criou a coleção, Suzana Sena fez a produção do lançamento e Cíntia Sena Dixon assina o design dos cenários do catálogo de apresentação. Cada detalhe da Coleção Hamptons foi cuidadosamente pensado.
A produção é slow fashion, que preza pela diversidade; promove consciência socioambiental; e a produção é feita em pequenas oficinas formadas apenas por mulheres. A modelagem também foi inspirada nopadrão brasileiro. “As latinas que moram nos estados unidos, principalmente as brasileiras, se sentem muito carentes do corte que é diferenciado (o corte das roupas). As grandes marcas não estão atentas ao corpo curvilíneo que as latinas têm”, explica Suzane Sena.