Uma mala com 500 mil dólares, um casal de detetives, um ex-fuzileiro naval e um sequestro. São estes os pilares iniciais do novo livro de Luís Alves Lomanth, A Ilha do Medo. Salpicado com todas as características esperadas de um romance policial, o autor – que também é jornalista – manipula com destreza suas experiências profissionais, unindo o real com a criação literária e trazendo uma potência ainda maior para a história.
De forma quase palpável, a obra consegue traduzir de maneira eficaz diversos gargalos da sociedade brasileira. Em um ambiente que traduz a complexidade da estrutura policial carioca – mesclado com corrupção e impunidade -, somos transportados até a Ilha do Medo, região do litoral baiano que dá título ao livro.
Repleto de brasilidades, A Ilha do Medo investiga a psique humana, deixando o leitor com dúvidas e suposições de quem é, realmente, o responsável por tudo. Embora mostre o lado sórdido das relações, especialmente as que envolvem dinheiro e poder, ao expor esses dilemas o escritor oferece também um vislumbre de esperança – mesmo que você fique com um friozinho na espinha ao longo da leitura.
Ao juntar reflexões sociais com cenas de ação e suspense, o autor faz com que os personagens de A Ilha do Medo prendem a atenção e obrigam o leitor a embarcar na trama como um dos investigadores. Do princípio ao fim, a trama conta com plot twists surpreendentes que vão manter a adrenalina em alta até revelar quem é o culpado.
