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Crítica – Power

A ideia de uma droga que dá superpoderes temporários é uma ideia interessante, mas Power se limita a explorar isso criativamente em suas cenas de ação. De início fica a impressão de que a narrativa vai usar essa ideia da busca de poderes como uma metáfora para desigualdades sociais e de classe, uma tentativa dos mais marginalizados em tentar tomar o controle da própria vida, mas isso é rapidamente deixado de lado para que tudo se torne uma corrida contra o tempo.

A trama se passa na cidade de Nova Orleans e acompanha o policial Frank (Joseph Gordon-Levitt), que tenta descobrir quem é o responsável por distribuir a droga que dá poderes temporários. Em sua investigação ele encontra Art (Jamie Foxx), que está em busca da filha, sequestrada pelos responsáveis pela droga. Juntos eles contam com o auxílio da garota Robin (Dominique Fishback) que vendia a droga nas ruas para pagar as despesas médicas da mãe.

A escolha pela cidade de Nova Orleans inicialmente parece querer dizer alguma coisa, com Frank dizendo que não confia no governo federal para lidar com a nova droga, lembrando como a cidade foi abandonada pelas autoridades durante o furacão Katrina. Apesar desses breves diálogos nos primeiros minutos, entretanto, as feridas sociais da cidade não voltam a ser mencionadas e toda a ambientação soa mal aproveitada. Outras tramas, como o papel do governo em ocultar o que está realmente acontecendo com essa nova droga, são sugeridas, mas nunca plenamente exploradas e são meio que jogadas para uma possível continuação.

Como os principais temas e tramas não são plenamente explorados, o que sobra é uma história bem prototípica do cinema de ação hollywoodiano do sujeito que corre contra o tempo para resgatar a filha de bandidos. A diferença aqui é que as pessoas tem superpoderes. Levitt e Foxx trazem carisma e intensidade o bastante para nos fazer ter alguma conexão com seus personagens apesar deles serem um amontoado de clichês de filmes de ação. A garota Robin tem um pouco mais de desenvolvimento ao mostrar seus problemas pessoais, seu desejo de ser rapper e Dominique Fishback convence de como a jovem consegue transformar sua dor e frustração em música.

As cenas de ação são o destaque, explorando com criatividade as possibilidades de diferentes poderes, como um sujeito com ossos maleáveis ou outro com uma pele de camaleão que se mistura no ambiente, contando com efeitos especiais que são convincentes na maioria do tempo. A ação também não se furta em mostra de maneira explícita a brutalidade dos embates, exibindo desmembramentos, torsos explodidos e outros elementos visuais que ajudam a dar peso e ameaça aos poderes usados. Em alguns momentos, porém, como na cena em que Frank e Art são perseguidos pela versão gigante do personagem de Rodrigo Santoro, fica visível que os dois protagonistas estão correndo em um fundo verde.

Power acaba não tendo muito a dizer sobre o universo que cria ou os temas que tenta propor, conseguindo funcionar apenas como um filme de ação sem muitas pretensões por conta de suas competentes cenas de ação.

6 /10
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