O primeiro “Zumbilândia” divertiu ao colocar quatro pessoas completamente diferentes enfrentando zumbis. Agora, dez anos depois e a saturação da temática, chega aos cinemas “Zumbilândia: Atire Duas Vezes”, que traz o retorno de Columbus (Jesse Eisenberg), Tallahassee (Woody Harrelson), Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin).
Após anos convivendo juntos, Columbus decide pedir Wichita em casamento, enquanto Tallahassee banca o pai de Little Rock, agora uma adolescente. Mas as coisas não saem como o planejado e Little Rock passa a correr perigo. Os três remanescentes vão então até as últimas consequências para salvá-la.
A grande sacada de “Zumbilândia: Atire Duas Vezes” é não se levar a sério. O filme é uma metralhadora giratória que ironiza desde “Os Simpsons” (tem uma espécia de zumbi que eles batizaram de Homer, em homenagem ao patriarca da família), até “The Walking Dead”. Aquele mundo têm até campeonato mundial de quem mata zumbis de forma mais esdrúxula.
Os personagens também são um atrativo, com o quarteto Eisenberg, Harrelson, Stone e Abigail mostrando que estão bem à vontade. Ainda tem a adição de três personagens que acrescentam mais diversão ao filme: a patricinha Madison (Zoey Deutch), o hippie Berkeley (Avan Jogia) e a fã de Elvis Presley Nevada (Rosario Dawson).
O diretor Ruben Fleischer mostra que sabe conduzir um grande filme de ação com pitadas de comédia, e não se furta de mostrar mortes de zumbis em câmera lenta, de forma a ironizar o próprio recurso.
O roteiro do trio Dave Callaham, Rhett Reese e Paul Wernick é eficaz ao mostrar os acontecimentos de forma rápida, sem se perder, contibuindo com isso a edição ágil, com narração em off de Columbus servindo como um condutor daquele mundo infestado por zumbis e que serve para situar o espectador, nunca soando como uma narração vazia ou redundante.
“Zumbilândia: Atire Duas Vezes” mantém o nível do ótimo primeiro filme e adiciona novos personagens que enriquecem a narrativa. Há ainda uma cena no meio dos créditos que é hilária e remete à participação especial do primeiro (que se torna piada ainda durante a projeção).
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