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Cinema

Crítica – Os Fabelmans

Filme de Steven Spielberg é uma tocante cinebiografia de sua infância e juventude

Os Fabelmans

Steven Spielberg é um dos maiores diretores da história do cinema. Mas, nos anos 2010, lançou alguns filmes não muito inspirados como “Indiana Jones e a Caveira de Cristal”, “Cavalo de Guerra” e “Ponte dos Espiões”, tendo se reerguido em 2021, ao lançar o delicioso remake de “Amor, Sublime Amor” (apesar do casal protagonista insosso). Agora, no início de 2023, Spielberg pela primeira vez olha para seu passado e estreia “Os Fabelmans”, longa que chega aos cinemas nesta quinta, e é uma bela homenagem ao poder do cinema e como influenciou a vida do diretor.

O pequeno Sammy (Mateo Zoryan) vai ao cinema pela primeira vez com seus pais Burt (Paul Dano) e Mitzi (Michelle Williams) assistir “O Maior Espetáculo da Terra”. Assustado com o que viu, se encantou com uma cena de acidente de trem e, a partir daí, começava a surgir um gênio do cinema.

Já adolescente, Sammy (Gabriel LaBelle) passa a usar suas irmãs e amigos em seus filmes, sonhando com a profissão que os outros consideravam um hobby, além de ter que acompanhar as mudanças do pai e os dramas da mãe, que se sente atraída por Bennie (Seth Rogen), o melhor amigo do marido.

Escrito por Spielberg, ao lado de Tony Kushner (também do remake de “Amor, Sublime Amor”), é uma autobiografia do famoso diretor. “Os Fabelmans” conta com uma reprodução histórica perfeita dos anos 50 e 60. Para isso, utilizaram fotos, documentos e vídeos da casa e dos locais que ele vivia para ser o mais fiel possível. O próprio diretor disse que era estranho para ele filmar em um lugar que era a própria casa há 70 anos.

Além de um roteiro poderoso, com diálogos intensos, o grande trunfo do filme é seu elenco. Todos estão perfeitos, desde os protagonistas, até as crianças e jovens que aparecem, mostrando mais uma vez que Spielberg é mestre também em dirigir jovens atores.

Michelle Williams estão fantástica como a mãe de Sammy e deve concorrer aos principais prêmios, com grandes chances de ganhar. Assim como Judd Hirsch, que interpreta o Tio Boris. Ele aparece pouco mais de 5 minutos, mas tem uma atuação excelente.

Spielberg também estava inspirando, gravando cenas cheias de lirismo, como Sammy utilizando as duas mãos para projetar um filme e a mãe dele dançando à noite, com as luzes do veículo iluminando.

Antes do filme começar, o próprio Steven Spielberg aparece agradecendo ao público por ver o longa no cinema e dizendo que foi um prazer diferente gravar o filme. Pelo maravilhoso resultado, deu para perceber que todos os envolvidos se entregaram de coração ao imperdível “Os Fabelmans”.

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