O OSBA na Estrada, projeto que leva a Orquestra Sinfônica da Bahia para cidades do interior do estado, chega a Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, neste domingo (14/12), às 17h, com o concerto “Barroco Afrofonia”. A apresentação será realizada na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Purificação, com entrada gratuita (sujeita à lotação do espaço).
O programa “Barroco Afrofonia” celebra a presença e a contribuição de compositores afrodescendentes na música barroca produzida no Brasil e na Europa entre os séculos XVII e XIX. Construído a partir da união entre “afro” (afrodescendência) e “fonia” (som/voz), o título sintetiza o propósito da apresentação: dar protagonismo a vozes históricas que influenciaram profundamente a música de concerto, mas que nem sempre receberam o devido reconhecimento.
No programa estão presentes obras de compositores como os baianos Damião Barbosa de Araújo (1778-1856) e José Pereira Rebouças (1789-1843), o pernambucano Luís Álvares Pinto (1719-1789), o mineiro Emérico Lobo de Mesquita (1746-1805) e o carioca José Maurício Nunes Garcia (1767-1830). O repertório inclui ainda composições de representantes da Diáspora Negra que atuaram na Europa, como Vicente Lusitano (c. 1520 – pós-1561), Ignatius Sancho (c. 1729-1780) e Chevalier de Saint-George (1745-1799).
Instrumentos de época
O concerto “Barroco Afrofonia” será apresentado pelo Núcleo de Música Antiga da Bahia, projeto realizado em parceria pela Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) e pela Escola de Música da UFBA (EMUS-UFBA). O grupo, formado pelos músicos José Maurício Brandão (cravo e teclados de época), Lucas Robatto (traverso), Thomaz Rodrigues (violoncelo barroco), Marco Catto (violino e viola barrocos) e Hugo Prio (oboé barroco), dedica-se à interpretação com instrumentos de época, ampliando repertórios e valorizando obras clássicas sob uma perspectiva histórica.
Segundo o flautista Lucas Robatto, professor da UFBA e músico da OSBA, o concerto também incorpora elementos cênicos e narrativos para amplificar a experiência musical. “Além do componente musical, ‘Barroco Afrofonia’ apresenta trechos de textos e falas dos próprios compositores e de seus contemporâneos, abordando suas trajetórias e contribuições históricas. Para essa dimensão cênica e narrativa, teremos a presença enriquecedora da atriz e dramaturga Dani Souza, que ajuda a reviver as vozes da presença africana em nosso passado musical”, afirma Robatto.
Sobre a OSBA: Criada em 30 de setembro de 1982, a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) é um corpo artístico do Teatro Castro Alves e que teve seu processo de publicização consolidado em abril de 2017. Desde então, a Associação Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA) – entidade sem fins lucrativos qualificada como Organização Social(OS) – realiza a gestão da OSBA, que permanece como corpo artístico público, sendo mantida com recursos diretos do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura (SecultBA) e Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).
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