A ceramista Hilda Salomão, referência na arte cerâmica e que celebra 50 anos de trajetória, realiza nesta quarta-feira, 3 de dezembro, a segunda visita guiada à exposição “O Caminho de Volta – Andarilhos”, em cartaz no Museu de Arte da Bahia (MAB). A atividade, gratuita, convida o público a um passeio comentado pelas quase 50 obras que compõem a mostra, entre esculturas, painéis e instalações, reunidas como um gesto de retorno, memória e reinvenção.
Com curadoria de Alejandra Muñoz, a exposição permanece aberta até 21 de dezembro e apresenta trabalhos emblemáticos como “Andarilho”, “Senhora do Tempo” e “Procissão”, construindo uma travessia afetiva que revisita as potências espirituais, simbólicas e poéticas da obra de Hilda. A mostra acompanha o lançamento do livro homônimo, que percorre meio século de pesquisa, criação e partilha de saberes, disponível para venda online.
Visita ao Ateliê
Além da visita guiada no museu, o público terá a oportunidade inédita de vivenciar de perto o processo da artista no sábado, 6 de dezembro, quando Hilda recebe visitantes em seu ateliê em Stella Maris. O encontro apresenta o espaço onde a artista desenvolve sua produção e conduz, semanalmente, oficinas de cerâmica e torno que há anos formam e inspiram novos ceramistas.
O ateliê abriga uma exposição permanente de peças utilitárias, decorativas e escultóricas, todas disponíveis para visitação e aquisição. O espaço também acolhe encomendas de painéis, brindes, peças personalizadas e vivências criativas.
Oficinas e vivências
As atividades regulares no ateliê acontecem todas as terças e quartas-feiras, em pequenos grupos, sempre com acompanhamento próximo. As oficinas de cerâmica
acontecem às terças-feiras, em turmas pela manhã e à tarde, com aulas semanais de 3 horas e grupos de até seis participantes, com orientação individual para desenvolvimento de peças autorais e aprendizagem de técnicas que dialogam com a cerâmica. Já às quartas-feiras são realizadas as oficinas de torno, ministradas pelo professor Manoel Antônio, com aulas de 2 horas de introdução e aprofundamento nas técnicas de construção no torno.
“Cada pessoa chega ao barro com uma intenção. Meu trabalho é ajudar a transformar essa intenção em forma. As oficinas têm como propósito ampliar o fazer artístico, fortalecer vínculos com a materialidade da argila e criar um ambiente de convivência, descoberta e longa permanência, tanto que muitos alunos renovam sua participação ano após ano”, destaca Hilda Salomão, que é reconhecida também pela sua longa carreira como docente de artes plásticas.