A Okava Pharmaceuticals, biofarmacêutica com sede em São Francisco, na Califórnia, anunciou o início do estudo clínico MEOW-1, um marco no desenvolvimento de terapias para pets. O trial, que já dosou o primeiro gato, foca em um implante subcutâneo inovador projetado para liberar gradualmente o agonista de GLP-1, conhecido como OKV-119, ajudando felinos a perder peso e gerenciar condições como diabetes e doenças renais crônicas.
O MEOW-1 representa a primeira iniciativa clínica do mundo a testar essa abordagem de perda de peso em animais de estimação domésticos. Inspirado em medicamentos semelhantes usados em humanos, como o Ozempic, o implante da Okava visa mimetizar os efeitos fisiológicos do jejum, melhorando a sensibilidade à insulina, reduzindo a massa gorda e promovendo uma maior eficiência metabólica. De acordo com a empresa, o dispositivo é miniatura e pode ser administrado por veterinários, liberando a droga de forma contínua por até seis meses, o que elimina a necessidade de injeções frequentes.
O estudo principal envolve até 50 gatos e durará seis meses, com resultados preliminares esperados para o segundo semestre de 2026. Se bem-sucedido, a Okava planeja avançar para um ensaio clínico maior e submeter o pedido de aprovação à Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos em até dois anos. A iniciativa é registrada junto à American Veterinary Medical Association (AVMA), garantindo transparência e priorizando o bem-estar animal.
Estudo Preliminar e Expansão Futura
Antes do MEOW-1, a Okava concluiu um teste preliminar com 19 gatos, avaliando a tolerabilidade e segurança do microimplante ao longo de 62 dias. Os resultados iniciais foram positivos, pavimentando o caminho para essa fase mais extensa, que agora examinará os impactos a longo prazo da liberação sustentada da droga.
A empresa não para por aí. Paralelamente, desenvolve um implante similar para cães, com testes previstos para iniciar entre 2028 e 2029. “Estamos comprometidos em estender os benefícios da ciência avançada para nossos companheiros de quatro patas, que cada vez mais sofrem com obesidade devido a estilos de vida sedentários”, afirmou um porta-voz da Okava em comunicado.




















