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Crítica – Sonhos de Trem

Baseado em um romance escrito por Denis Johnson, Sonhos de Trem tem um quê de Terrence Malick no modo como o diretor Clint Bentley filma o cotidiano de seu protagonista. Digo isso tanto pelas escolhas estilísticas quanto narrativas, já que esta também é uma história sobre um sujeito comum vivendo em graça e plenitude a despeito de uma existência simples e marcada por tragédias, similar ao que Malick fez em produções como Uma Vida Oculta (2020) ou A Árvore da Vida (2011).

Vida natural

A narrativa é protagonizada por Robert (Joel Edgerton) um lenhador vivendo no oeste dos Estados Unidos no início do século XX. Ele consegue um trabalho que paga bem, mas que o deixa distante da esposa, Gladys (Felicity Jones), e da filha pequena. Acompanhamos Robert ao longo dos anos conforme ele lida com as tragédias que acometem a sua vida e com a passagem do tempo.

O modo como Clint Bentley filma as interações de seus personagens com a natureza evoca bastante o estilo de Malick, há uma reverência às paisagens, marcadas por cores intensas, e um olhar contemplativo, ponderando sobre nossa conexão com o mundo. Nas cenas em que Robert está com sua família a iluminação sempre traz a presença de raios de sol como caloroso, se relacionando com o afeto que há naquela família. Quando Robert perde a esposa e a filha as cores se tornam menos saturadas por algum tempo, a iluminação se torna menos solar e mais sombria.

A despeito dessa reverência e celebração da natureza, há também um reconhecimento de sua força implacável. Um exemplo é a cena em que troncos rolam morro abaixo e matam alguns trabalhadores. Mesmo nesses momentos, porém, há uma quietude delicada e meditativa, exemplificado pelo memorial que os trabalhadores constroem para os mortos na floresta. Mesmo na morte esses personagens buscam um jeito de honrar a vida, de viver em graça e plenitude.

Em busca do tempo perdido

Joel Edgerton faz de Robert um homem simples, quieto (em uma cena a narração menciona como ele trabalhou dias sem conversar com os colegas) e em busca de um lugar ao mundo. Conforme os anos passam e ele mantem sua vida simples, há a impressão de que ele foi deixado para trás, que o mundo seguiu rodando e ele ficou parado no mesmo lugar. Mesmo diante das transformações, Robert segue buscando sua plenitude, tentando se conectar com esse mundo em transformação, a exemplo do momento em que ele vai pela primeira vez a uma sala de cinema ou quando ele voa em uma pequena aeronave.

A montagem também remete aos trabalhos de Malick, seja no uso de planos detalhe para ressaltar pequenos elementos de natureza ao redor dos ambientes, seja na maneira paradoxal com a qual a montagem se relaciona com o tempo. Digo paradoxal porque por um lado há um sentimento de dilatação do tempo, com cenas do cotidiano se alongando conforme acompanhamos o trabalho ou lazer de Robert como se estivéssemos seguindo uma realidade vivida e vivendo isso ao seu lado. Por outro lado o filme tem saltos temporais abruptos, pulando anos de maneira brusca, sem qualquer aviso, dando a impressão de uma vida breve, cujos anos passam sem sentir e cuja temporalidade só é sentida alguns instantes de serenidade ou de dor.

Com muita delicadeza, Sonhos de Trem traz uma meditação calorosa sobre o valor dos pequenos momentos e como mesmo uma vida simples pode ter espaço para beleza e lirismo.

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