A beleza sempre foi contada a partir de um recorte específico, quase sempre limitado, como se a pele tivesse apenas uma cor e o cabelo apenas um tipo. Mas o Brasil — com sua pluralidade de tons e texturas — prova diariamente que não há padrão capaz de conter tanta diversidade. É nesse contexto que o Grupo L’Oréal no Brasil anuncia a segunda edição do Prêmio Dermatologia + Inclusiva, uma iniciativa que coloca ciência e representatividade lado a lado. O inesperado aqui é simples: quando falamos de inovação em beleza, não se trata apenas de novos ativos em laboratório, mas de quem esses estudos escolhem enxergar.
Diferente da primeira edição, que focava exclusivamente em pesquisas voltadas à pele negra, a nova fase do prêmio amplia o horizonte e passa a contemplar também pessoas indígenas e transgêneras. Quatro projetos científicos serão selecionados para receber bolsas de R$ 50 mil cada, apoiando o desenvolvimento de estudos que, no futuro, podem transformar diagnósticos, tratamentos e até a forma como entendemos a dermatologia no Brasil.
A urgência é real e os dados reforçam o porquê: segundo uma pesquisa do Datafolha em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia e a divisão de Beleza Dermatológica da L’Oréal, 58% das pessoas negras nunca foram ao dermatologista — número que cai para 42% quando falamos de pessoas brancas. A desigualdade também se reflete do outro lado da mesa: 44% dos dermatologistas brasileiros admitem não se sentirem totalmente preparados para diagnosticar e tratar todos os tons de pele e tipos de cabelo. Ou seja, a lacuna não está só no acesso, mas também no preparo científico.
E o Brasil, por sua vez, é um verdadeiro laboratório vivo de pluralidade: dos 66 tons de pele mapeados pela L’Oréal no mundo, 55 estão aqui, junto com todos os oito tipos de cabelo identificados globalmente. Uma diversidade tão rica que exige, urgentemente, ciência capaz de compreendê-la.
O prêmio — pioneiro no país — abre espaço para pesquisas em quatro áreas estratégicas: acne e pele oleosa, barreira cutânea, couro cabeludo e fibra capilar, além de fotoproteção e hiperpigmentação. Mais do que reconhecer trabalhos acadêmicos, o projeto funciona como um convite para que a dermatologia brasileira se torne tão inclusiva quanto a própria sociedade que atende.
A premiação contempla estudos concluídos ou em fase de desenvolvimento. Pesquisadores(as) e estudantes interessados(as) poderão inscrever seus trabalhos por meio da plataforma oficial do prêmio (https://cloud.crm.dermaclub.com.br/dermatologiamaisinclusiva), com prazo máximo de submissão até 04 de dezembro de 2025. O resultado parcial será divulgado a partir de 23 de março de 2026.
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