Antes de entrarmos para assistir à alguns filmes na cabine de imprensa – nome que se dá às exibições de filmes para jornalistas e influenciadores -, é comum assinarmos um termo nos comprometendo a só nos manifestarmos sobre o filme após uma certa data e horário. Quando isso acontece, normalmente, é porque o que veremos costuma ser uma bomba, e a distribuidora tem noção disso. Então, prefere que a imprensa só fale do longa quando ele já está em cartaz. Isso aconteceu com Anônimo 2, que chegou as cinemas nesta quinta-feira.
Na trama, o pai de família Hutch Mansell (Bob Odenkirk) resolve levar a família para tirar merecidas férias, uma vez que seu – violento – trabalho o tem afastado da esposa Becca (Connie Nielsen) e dos filhos Brady (Gage Munroe) e Sammy (Paisley Cadorath). Ele ainda leva seu pai, David (Christopher Lloyd). Porém, ao chegar na pequena cidade onde está o parque de diversões, as coisas fogem do controle e Hutch precisa enfrentar uma inimiga poderosa, interpretada por Sharon Stone.
Continuação – obviamente – do ótimo Anônimo (2021), um filme que surpreendeu pela qualidade, já que pouco se falava nele, Anônimo 2 é uma bem-vinda – e divertidíssima – sequência. O excelente ator Bob (o eterno Saul Goodman de Breaking Bad e Better Call Saul) está ainda mais à vontade no papel de Hutch. Ele consegue se passar como pai de família e como um violento assassino, apenas com o olhar.
A direção de Timo Tjahjanto é perfeita, com lutas muito bem coreografadas, com a câmera seguindo até o movimento das cabeças sendo estraçalhadas em mesas ou janelas – nada de novo, mas ainda assim, muito bem executado. Assim como o primeiro filme tem uma cena espetacular de luta no vagão do metrô, temos aqui uma parecida, mas em um barco de turistas em um rio. O roteiro de Derek Kolstad e Aaron Rabin também é certeiro por não perder muito tempo, sendo direto ao ponto, favorecendo a duração do filme, que é de 90 minutos.
Podendo ser classificado como um filme de “John Wick pai de família”, Anônimo 2 mantém as qualidades do primeiro longa e expande o universo do mundo de Hutch, se tornando um ótimo passatempo. É o típico filme que não quer inventar a roda, mas fazer o feijão com arroz com muito tempero, e consegue, dando um frescor à franquia. É aquele filme que, sempre que você estiver zapeando os canais e vê-lo passando em algum, vai parar para revê-lo várias vezes.
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