A Sagga Editora promove o lançamento do livro – “Manuel R. Querino – Trajetória de um Afro-baiano nas Letras e Lutas”, que acontece no dia 28 de julho, a partir das 15h, na Associação Protetora dos Desvalidos, no Centro Histórico de Salvador.
Escrito pela autora, professora e pesquisadora Maria das Graças de Andrade Leal, o livro conta a trajetória do afro-baiano que se destacou como jornalista, artista, educador, militante e um dos grandes estudiosos do país, que foi considerado o 1º intelectual a valorizar os negros na história do Brasil, sendo pioneiro nos estudos sobre a cultura africana, quando muitos queriam “branquear” o Brasil. Entretanto, foi esquecido historicamente, mesmo contribuindo de forma relevante para a literatura e para a luta abolicionista.
Uma relevância tão significativa, que despertou na autora a vontade de estudar a sua vida e obra. “A minha experiência em realizar uma análise biográfica de Manuel Querino nasceu nos anos 80, quando eu era pesquisadora pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) e também estudante da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Tive contato com a sua obra nesse período e me interessei bastante por conta da qualidade do trabalho”, conta.
História e resistência
Segundo a autora, o livro está dividido em dois momentos, o primeiro, onde Manoel Raymundo Querino discute a república, o lugar dos trabalhadores ou a exclusão deles na política republicana e um segundo momento, que trata sobre o lugar do africano e seus descendentes na sociedade baiana e brasileira no período da pós-abolição. Uma edição revista e ampliada que dá uma dimensão da importância deste personagem para a história.“Eu fiquei muito feliz com o resultado desse trabalho”, enfatiza Graça Leal.
Nascido no período da escravidão, em 1851, na cidade de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, Querino militou com força na luta pela inserção e valorização do trabalhador nos espaços públicos e privados, sendo dessa forma, uma voz ativa que fez reverberar a intenção de incluir a população negra na cidadania produtiva.
Ele atuou também em várias instituições importantes como a Academia de Belas Artes da UFBA como professor, foi um dos fundadores do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, ensinou na Associação Liceu de Artes e Ofícios da Bahia, se associou à Associação Protetora dos Desvalidos, fez parte da Irmandade da Igreja Rosário dos Pretos, entre outros espaços, além de atuar também em várias frentes na república.
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