Um encontro potente entre mulheres, afeto e escuta ativa. Foi assim a primeira edição do “Conversa de Mãe”, idealizado e conduzido pela educadora parental Roberta Nunes, em Salvador. A proposta nasceu do desejo de abrir um espaço íntimo, respeitoso e sensível para que mães pudessem compartilhar vivências, dilemas, aprendizados e reflexões sobre a maternidade real para além dos rótulos, das exigências sociais e das culpas impostas pelo cotidiano, em uma era digital em que o tempo para se dedicar ao outro e a si mesma é um desafio constante.
“Realizar o ‘Conversa de Mãe’ foi uma conquista muito importante nesse momento da minha carreira. Era algo que eu já projetava fazer: um encontro em que eu pudesse receber as mães com sensibilidade, acolhimento, escuta e muitas trocas. E foi exatamente isso que aconteceu. Foi um evento leve, em que pudemos compartilhar angústias, amores e dessabores da maternidade. E também sobre as nossas infâncias, sobre o nosso maternar”, declara Roberta.
O encontro, realizado no lounge de experiências do Grupo Empório, teve uma atmosfera cuidadosamente pensada para favorecer o acolhimento e a conexão. “A Empório também contribuiu muito com o atendimento, que é sensacional, com toda a hospitalidade de Elis Piñón, fora da curva. Não podia ter tido uma parceira e um lugar melhor para fazer esse evento”, destaca a educadora.
Trocas reais com aprendizados compartilhados
Para a artista Ana Paula Coelho, o afeto foi o fio condutor de toda a experiência. “Houve troca, escuta e sensibilidade em cada detalhe. A palavra que define tudo isso é amor. E foi um amor concreto, que sentimos na cor, no cheiro, na entrega.”
Todas as participantes se sentiram escutadas e com novas oportunidades de aprendizado em um tempo dedicado à reflexão conjunta. Elas falaram sobre as dificuldades, os afetos, os erros, os acertos e os silêncios que atravessam a maternidade. E saíram transformadas.
“Foi um encontro muito importante, um momento de troca verdadeira que me fez refletir ainda mais sobre a maternidade. Levo comigo a sabedoria que precisamos parar para refletir sobre tudo o que envolve a criação dos nossos filhos”, comenta a mãe Aline Garcia.
Um ganho para todas, especialmente para a jornalista e professora Manuela Viana, que definiu sua experiência com a palavra aprendizado, destacando o quanto o ambiente favoreceu a abertura para revelar as histórias na criação de filhos. “Maternar é isso: estar sempre aberta ao novo, aprender com as outras, melhorar por nós e pelos nossos filhos. Me senti mais informada e com mais vontade de seguir evoluindo”.
A força das trocas, o carinho e o valor do tempo de qualidade também foram destacados pela médica Analuzia Moscoso. “Parar para refletir sobre como lidamos com nossos filhos é essencial, eles são nosso maior patrimônio. Este encontro me fez pensar no carinho envolvido em criar nossas crianças e adolescentes em um mundo em constante transformação. Foi um momento importante para compreender como mostrar esse mundo a eles, com escuta e afeto”, comenta.
O sentimento de gratidão permeou todas as falas, como pontua a empresária Carla Gomes: “As trocas foram muito especiais, com mães de diferentes perfis, filhos de idades e realidades diversas. Educar é complexo, não existe fórmula. Cada filho é único, cada família também. Vivemos um tempo com excesso de informações e valores conflitantes, o que torna tudo ainda mais desafiador. Foi sensacional poder parar, ouvir e falar. A palavra que fica para mim é gratidão, por esse momento raro de conexão, num mundo em que quase ninguém tem tempo para ninguém.”
O saldo do evento foi de plenitude e inspiração, como resume Roberta Nunes: “Podemos maternar com mais leveza, com menos culpa e mais trocas.” A repercussão foi tão positiva que a próxima edição do “Conversa de Mãe” já está sendo projetada para o segundo semestre de 2025. “Todas saíram dizendo que queriam uma segunda edição o quanto antes, e eu já estou com isso no horizonte”, conclui a criadora da iniciativa.
