O Nordestesse chega a São Paulo pela primeira vez em 2025 unindo forças pela primeira vez com a Feira na Rosenbaum, que ocupa a galeria do Conjunto Zarvos, no Centro de SP, de 12 a 18 de março, parte da programação oficial da DW! Semana de Design, maior evento na área da América Latina.
Entre as novidades trazidas pelo Nordestesse para a Rosenbaum estão a Almacor, marca da mineira Cynthia Graber e da baiana Cecíia Freyre que produz roupas e peças de decoração feitas a partir de quadros de jovens portadores de deficiência.
A edição DW! da Feira na Rosenbaum este ano traz como tema “A Matéria do Futuro” e propõe um olhar inovador e responsável sobre os materiais que usamos, explorando formas de ressignificar o que já existe. Designers, artesãos e criadores são convidados a explorar o reuso inteligente, transformando resíduos em matéria-prima valiosa e unindo tradição à inovação.
“Nesta edição, celebramos projetos que desafiam o consumo linear e encontram no fazer manual um espaço de experimentação. Criar com consciência no presente é o primeiro passo para um futuro mais equilibrado”, diz Cris Rosenbaum. “É uma alegria enorme participar pela primeira vez da Feira na Rosenbaum justamente numa edição onde o reuso criativo de materiais é uma de suas principais pautas”, diz Daniela Falcão, fundadora do Nordestesse.
Uma das marcas de nossa curadoria para a DW! é um ótimo exemplo de moda regenerativa. Direto de seu ateliê na Chapada Diamantina, Luci Bortowski transforma pano de prato em camisas, toalhas de mesa rendadas em vestidos e guardanapos bordados em tops e sutiãs. Depois de anos trabalhando como braço direito de Fernanda Yamamoto, Luci se mudou para a Chapada na pandemia e decidiu que sua missão seria tornar a moda regenerativa desejável para além do impacto positivo que gera.
Confira abaixo os participantes do espaço Nordestesse na Rosenbaum
Almacor (BA/ MG)
A Almacor é uma marca de roupas e objetos para casa que tem como ponto forte ilustrações exclusivas assinadas por jovens com deficiência. A ideia é vender peças como se fossem obras de arte, atemporais e únicas, que tem na inclusão um pilar tão importante quando a qualidade e originalidade. Atualmente, a Almacor conta com um time de quatro artistas, todos com algum tipo de deficiência. “Nossa missão é tirar o extraordinário do invisível. Os diagnósticos que nossos artistas receberam não os definem”, afirmam Cynthia Graber e Cecília Freyre, sócias da marca.
George Azevedo Art (RN)
O potiguar se inspira na fauna, na flora e na cultura do Rio Grande do Norte para criar peças pintadas à mão com estampas marcantes. Pense em camisas, vestidos, caftãs, calças e tops em tecidos como algodão, chiffon e jeans, que mesclam estampas e referências regionais, como cajus, cardumes de peixe e iemanjá.
MB Conceito e Balbina (BA)
Para o verão 2025, Moab Barros, diretor criativo da @mbconceito e da @sejabaldina, decidiu homenagear Juraci Dórea, seu conterrâneo e um dos grandes nomes da arte contemporânea brasileira. Batizada de “Todos os Caminhos”, a coleção traz estampas que reproduzem quatro telas de Juraci pintadas em 2007, da série Cenas Brasileiras.
Lu Madre (PE)
A Lu Madre nasceu no fim de 2020, quando a pernambucana Luciana Meireles conheceu a técnica do papel machê e passou a criar brincos, colares e pulseiras com formas orgânicas. O papel picado misturado a tintas e impermeabilizantes ora parece pedra, ora cerâmica, e as peças encantam pela leveza e durabilidade.
Luci Bortowski (BA)
Um pano de prato vira camisa. Toalhas de mesa rendadas se transformam em vestidos. Guardanapos bordados, em tops e sutiãs. Tapeçarias, em jaquetas. Tudo isso arrematado por aviamentos esquecidos. A mágica acontece no ateliê de Luciana Bortowski no Vale do Capão, na Chapada Diamantina. Depois de anos trabalhando como braço direito da designer Fernanda Yamamoto, Luci se mudou para a Chapada na pandemia e decidiu que sua missão seria tornar a moda regenerativa desejável para além do impacto positivo que gera no ambiente. Missão cumprida com louvor!
Casa Marimbondo (SE)
A Casa de Marimbondo nasceu com a perspectiva de resgate e preservação da memória estética e social do povo nordestino, em especial dos sergipanos. Móveis e objetos feitos com matérias-primas nativas, como a fibra de taboa, extraídas de maneira sustentável por comunidades locais, e inspiração no mobiliário vernacular da região são os princípios que guiam o trabalho da marca. Na Rosenbaum será apresentada a poltrona Proteção, criação da artesã Naná Oliveira e da arquiteta Giovanna Arruda, que se inspiraram no São Francisco e nos territórios quilombolas que circundam o rio, resgatando as carrancas típicas das embarcações do Velho Chico. A estrutura da peça foi produzida com duas madeiras (maracatiara e angico) e seu assento é feito de fibra de taboa, marca registrada da Casa de Marimbondo.
A poltrona Proteção contou com a colaboração de Mestre Nivaldo, no entalhe da carranca.
