Não se trata apenas de lençóis impecáveis ou serviço cinco estrelas. No Hôtel YNDO, cada quarto é uma experiência sensorial. Um universo onde luminárias flutuam como esculturas etéreas, móveis parecem feitos sob medida para um sonho e a luz desliza pelos espaços com a mesma precisão com que um pintor desenha seu traço final em uma tela.
Localizado em Bordeaux, uma cidade onde história e vanguarda coexistem com a mesma facilidade com que um bom vinho é servido, o YNDO não é um hotel convencional. Não segue tendências nem responde à ideia clássica de luxo: ali, arte e hospitalidade encontraram uma nova forma de coexistir.
Sob a direção de Agnès Guiot du Doignon, essa majestosa mansão do século XIX foi transformada em um refúgio para aqueles que procuram mais do que apenas um lugar para passar a noite. “Eu nunca quis um hotel que parecesse um hotel”, confessa Agnès. “Eu queria um espaço onde cada cômodo tivesse uma alma, onde o design não fosse apenas decoração, mas uma experiência em si.”
QUANDO A HOSPITALIDADE SE TORNA UMA GALERIA VIVA
Cada canto do Hôtel YNDO foi cuidadosamente projetado para surpreender, excitar e envolver seus hóspedes em um universo de criatividade e design. Aqui não existe uniformidade. Cada um dos seus quartos foi projetado por artistas, designers e artesãos cuidadosamente selecionados, transformando o hotel em uma coleção de peças únicas.
Um dos nomes mais ressonantes neste projeto é William Guillon, um designer de iluminação francês que desafia a relação entre luz e espaço. Suas esculturas de bronze branco na YNDO não são apenas luminárias: são manifestações de sua obsessão por “estética radical e contrastes dramáticos”.

“A luz não é apenas um meio de iluminar, mas uma maneira de esculpir o espaço”, explica Guillon. Suas criações transformam cada ambiente em um cenário de sonho, onde sombras e reflexos contam sua própria história.

Outra intervenção fascinante vem de Papier à Êtres, a dupla de artistas Sophie Mouton Perrat e Frédéric Guibrénet, que elevaram a arte do papel a uma nova dimensão. Suas delicadas e etéreas lanternas de papel flutuam no ar como se fossem casulos suspensos no tempo. “Trabalhar com papel é como aproveitar o vento”, diz Sophie. “Cada dobra, cada curva, é uma exploração de fragilidade e resistência.”

O design de interiores do YNDO não busca apenas causar impacto visual, mas também conectar-se com o toque e a sensação dos materiais. Design&Matières, dirigido por Emmanuel Delayre, trabalhou na criação de peças que não apenas embelezam, mas transformam a maneira como o hóspede interage com o espaço. Seus móveis e detalhes estruturais combinam inovação e atemporalidade, criando uma experiência que parece tão natural quanto inesperada.

Outro elemento distintivo é a intervenção da Bonnemazou Cambus, empresa que recuperou a tradição da serralheria e dos detalhes arquitetônicos em bronze e latão, dando aos ambientes uma pátina de história e sofisticação. Suas peças, de maçanetas a puxadores, transformam o funcional em arte.

Por fim, Silvera, sob a direção de Paul Silvera, selecionou uma seleção de móveis que equilibra o contemporâneo com o artesanal. Suas peças, de sofás a mesas e cadeiras, foram escolhidas com precisão para se integrar harmoniosamente à narrativa do hotel.
