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Crítica – Identidades em Jogo

Tramas sobre trocas de corpos são propícias para suspense. O fato de não sabermos quem está no corpo de quem é um mecanismo de constante tensão e que pode ser usado para gerar reviravoltas. Identidades em Jogo tenta se construir em cima dessa ideia, mas uma demora em engrenar e um olhar raso para seus personagens deixa a produção aquém de seu potencial.


Invasores de corpos

A trama começa com a festa de pré casamento de Sophia (Aly Nordlie) e Reuben (Devon Terrell) que reúne antigos colegas da turma de faculdade deles com quem não se falam há anos. Shelby (Brittany O’Grady) e Cyrus (James Morosini) estão juntos desde a faculdade, mas nunca casaram, sendo objeto de especulação da turma. Eles se reúnem na mansão da família de Reuben com os colegas Dennis (Gavin Leatherwood), Maya (Nina Bloomgarten), Brooke (Reina Hardesty) e Nikki (Alycia Debnam-Clarke). As coisas se complicam com a chegada de Forbes (David Thompson), antigo colega que foi expulso da faculdade depois de um incidente em uma festa envolvendo sua instável irmã mais nova.

Forbes traz consigo uma maleta verde que ele diz poder conectar diferentes pessoas a elas e trocar seus corpos. Inicialmente eles fazem uma troca rápida, de alguns segundos, mas logo se empolgam e propõem um jogo em que eles trocarão aleatoriamente de corpos e precisam adivinhar quem é quem. Ocupar os corpos dos colegas traz de volta antigas rixas e ressentimentos, bem como questões existenciais a esses personagens, mas as coisas se complicam ainda mais quando dois deles morrem, o que limitaria o retorno de alguns aos corpos originais.

É uma narrativa que toma seu tempo para estabelecer os personagens e as relações entre eles até que finalmente cheguemos na troca de corpos e, posteriormente nas mortes. Esse ritmo mais deliberado poderia ser envolvente se os personagens fossem interessantes ou se o filme construísse um ritmo de tensão crescente, mas nada disso acontece. A tensão e a urgência só chegam quando as mortes acontecem e aí já falta pouco para o filme terminar.

A casa vazia

Os personagens são unidimensionais, se limitando a clichês batidos como “a patricinha fútil”, “a artista pretensiosa” ou “o ricaço babaca”. Ninguém tem nada de muito marcante e seus conflitos carecem da análise comportamental ou da sátira ácida de algo com Morte Morte Morte(2022). É tudo muito superficial e pouco interessante, piorado pela demora da narrativa em chegar a algum conflito capaz de fornecer alguma urgência.

O diretor Greg Jardin tenta suprir esse vazio com várias firulas estilísticas como constantes giros de câmera, montagem acelerada, mudanças de iluminação e outros recursos que parecem pensados para construir uma imersão no clima de confusão mental desses personagens. A questão é que como nenhum deles tem lá uma subjetividade com qualquer camada, tudo isso soa como um exercício vazio de estilo ou uma tentativa de nos distrair do quão pouco o filme tem a oferecer na construção desses personagens que são a base de tudo. Se não nos interessamos por eles tudo mais desmorona.

As coisas pioram ainda mais quando as autoridades chegam no local e o filme alcança aquilo que deveria ser o clímax da trama. Ao invés de nos mostrar esses eventos climáticos, porém, o filme escolhe dar um breve salto temporal no qual os personagens apenas explicam o que aconteceu ao invés de efetivamente desenvolver isso diante de nós. Em poucos minutos várias reviravoltas são encadeadas em diálogos expositivos fazendo tudo carecer de impacto, como se o filme quisesse nos chocar com esses desdobramentos, mas sem se dar ao trabalho de construí-los em cena e, com isso, essas revelações não tem o impacto pretendido.

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