Fazer um filme de ação não tem muito mistério. Basta pegar um protagonista carismático e duro na queda, coadjuvantes divertidos – ou pitorescos – e pancadaria bem coreografada. O indiano Kill: O Massacre no Trem já havia usado essa receita, adicionando o “molho” que era o sangue. Agora é a vez do coreano Força Bruta: Sem Saída mostrar a que veio a partir desta quinta-feira, 10, nos cinemas.
Terceira parte da franquia – que começou em 2017 e não tem uma continuidade -, o longa foi a maior bilheteria da história da Coreia do Sul, onde 1/3 da população viu o filme. E merece o sucesso com que foi recebido na sua terra natal.
Na trama, o agente Ma Seok-Do (o ótimo Ma Dong-seok) se reúne com um novo esquadrão policial para investigar criminosos que estão traficando drogas sintéticas pelo país. Quando outro policial começa a se tornar suspeito, as coisas complicam para Ma.
Dirigido por Lee Sang-yong (do filme anterior e do excelente Os Invencíveis), Força Bruta: Sem Saída tem tudo que um ótimo filme de ação tem, como falei lá em cima. A pancadaria ainda ganha contornos interessantes quando só uma arma de fogo aparece no filme, sendo que os combates envolvem apenas socos, katanas (as espadas japonesas) e uma espécie de cassetete utilizada pela polícia coreana. Os vilões também se destacam. Ricky (Munetaka Aoki) mostra uma excentricidade que realmente ameaça.
Ma Dong-seok, que participou de outro excelente filme coreando Invasão Zumbi e de Eternos, da Marvel, demonstra todo o carisma como o policial. As cenas dele lutando, como se fosse um corpo só de músculo, já diverte. E as piadas dos diálogos são ótimas, em nada se comparando com as piadinhas da Marvel.
Força Bruta: Sem Saída é um belo exemplar de ação que vai conquistar quem gosta, assim como eu, deste tipo de filme. Ao final, uma cena pós-créditos já avisa que vem mais uma nova aventura por aí.