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Crítica – A Casa Mórbida

É impressionante como os filmes da parceria entre a Blumhouse e a Prime Video partem de boas premissas, mas ficam aquém de seu potencial. Aconteceu em Noturno (2020), em A Babá (2022) e agora volta a acontecer neste A Casa Mórbida, cuja premissa pode ser resumida com “e se O Urso se passasse em uma casa mal assombrada?” para tentar desenvolver um “horror gastronômico”.


Cozinha Bruta

A trama acompanha uma Chef (Ariana DeBose) que deixa seu emprego na cozinha do renomado Marcello (Marton Csokas) para abrir seu próprio restaurante financiada pelo investidor Andres (Arian Moayed, de Succession). O restaurante fica localizado em uma casa remota e enquanto reforma o local a chef começa a ter visões de rituais de bruxaria e de fungos e insetos tomando o local ao mesmo tempo em que se sente inspirada pelas visões que tem. Conforme a pressão e o estresse se acumulam por conta das constantes demandas de seu investidor as visões se agravam e a Chef começa a ceder sob a pressão, criando problemas para si e para sua sous chef Lucia (Barbie Ferreira, de Euphoria).

As constantes visões da protagonista com sua comida infestada por insetos ou apodrecendo rapidamente diante de seus olhos servem como uma metáfora visual para suas inseguranças e tensões, como se ela pensasse que sua comida é podre ou que não deve ser comida por ninguém. É algo que ilustra a tensão de uma cozinha e como isso não apenas vem da autocobrança dos cozinheiros como também pela pressão constante de investidores, com Andres sempre mudando os termos do acordo ou ameaçando retirar seus fundos.

A protagonista recorrer a receitas dos livros de bruxaria que encontra pela casa, trazendo pratos com raízes e fungos também pondera como o mundo da alta gastronomia é pressionado por seus clientes ricos e entediados a criar experiências cada vez mais insólitas para se manter relevante, uma crítica que O Menu (2023) fez através da sátira. Isso é evidenciado no modo como o primeiro menu que a protagonista cria é considerado “seguro demais” para ser capaz de viabilizar o restaurante e só quando ela cria pratos estranhos, que parecem saídos “de uma sola de sapato” como diz um personagem, que Andres vê a possibilidade do restaurante dar certo.

Feitiço mal conjurado

Ao mesmo tempo em que usa o horror para pensar o universo da gastronomia, o filme também é uma típica história de casa mal assombrada, com a protagonista cada vez mais atormentada por visões dos rituais que acontecem na casa. Muito disso existe para criar alguns jumpscares previsíveis que não funcionam como deveriam. Por outro lado, a trama acerta ao não tratar o coven de bruxas que habitou a casa com algo simplesmente maligno, mostrando como elas ajudavam as mulheres da região e foram perseguidas por isso.

O filme parece incerto em muitos casos entre uma abordagem mais atmosférica e psicológica, construindo a trama como um estudo de personagem de alguém perdendo a cabeça diante de uma série de pressões, ou se abraça um clima mais de filme B, focando em sustos e assombrações. Nessa indecisão todos esses elementos de gastronomia, bruxaria e o lugar da mulher em meio a tudo isso nunca são amarrados em um todo coeso ou desenvolvidos de modo a ter algo consistente a comunicar sobre essas ideias. Quando o filme chega ao seu desfecho e tenta fazer convergir todas essas noções o resultado é um clímax sem impacto, que nunca soa dramático ou aterrorizante como pensa que é, deixando o espectador com uma gororoba sem sal ao invés de uma mistura potente de sabores.

A Casa Mórbida é um exemplo de que para fazer um bom prato não basta ter bons ingredientes. Sem o devido preparo ou cozimento esses ingredientes de qualidade resultam em um bolo solado que não os valoriza.

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