Susana Vieira tem percorrido os palcos brasileiros com a comédia ‘Shirley Valentine’ e o sucesso não poderia ser maior: sessões esgotadas em todas as cidades. O clássico ‘Shirley Valentine, um dos mais importantes textos do teatro moderno, com encenações premiadas em todo o mundo, se apresenta em Salvador na sexta, 8 de novembro, às 21h, sábado, 9, às 18h, e domingo, 10, às 17h, no Teatro Isba Faresi, encerrando a programação da 24ª Edição do Catálogo Brasileiro de Teatro. Os ingressos já estão à venda e custam a partir de R$ 70 e estão à venda no Sympla.
O monólogo apresenta Shirley, uma mulher casada, mãe de dois filhos, que convive com o pior tipo de solidão: aquela que se sente mesmo estando acompanhado. A versão brasileira de Miguel Falabella trata com leveza e muito bom humor os dilemas da personagem. Na peça, a protagonista divide com o público suas angústias, buscando entender aonde foram parar seus sonhos.
E também as situações inusitadas e pra lá de engraçadas que marcam sua trajetória. Cansada de conversar com as paredes (literalmente), Shirley Valentine decide dar uma virada em sua vida e faz uma viagem em busca de encontrar a felicidade e, sobretudo, se reencontrar.
A peça traz essa protagonista solitária que decide conhecer a Grécia, ao lado de sua melhor amiga Wanda, sem a família, nem mesmo Joel, o marido controlador. Shirley decide embarcar nessa viagem – uma divertida jornada ao encontro do seu verdadeiro eu. Shirley está cansada da indiferença do marido, cuja principal preocupação é saber se terá carne no jantar. Os filhos Milandra e Jorge cresceram e só lembram da mãe na hora dos problemas. Com o passar dos anos, no lugar da mulher cheia de anseios e vontade de viver, só resta aquela que se deixa levar por situações comuns do dia a dia, que nem de longe se parece com a figura que protagoniza as boas memórias que tem da juventude.
Quando Shirley Valentim transformou-se em uma Shirley qualquer? Atrás dessa resposta, ela cria coragem e embarca com destino à Grécia escondida de Joel. É um voo rumo à liberdade, à possibilidade de reencontro com a menina sonhadora e cheia de vida que Shirley foi um dia.
A protagonista fala do ser humano, daquele instante em que se percebe que o tempo passou e a vida ficou parada em alguma esquina. Mostra que nunca é tarde para recomeçar e tomar um bom vinho branco para encarar os fatos com leveza e bom humor, até quando tudo parece estar dando errado. Os dilemas de Shirley são tão dela quanto nossos e podem fazer parte da rotina de qualquer espectador.