No final da década de 60, em plena Guerra Fria, Estados Unidos e Rússia disputavam o espaço. Enquanto os russos mandaram o primeiro homem para fora do planeta, os americanos buscavam levar astronautas para a lua. Porém, os custos altos e a descrença americana, que estava também travando a Guerra do Vietnã, era preciso mostrar um outro lado da NASA para ganhar apoio da população. O que vai sair dessa novidade é o que vemos no longa Como Vender a Lua, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 11.
Kelly Jones (Scarllet Johansson) é uma especialista em marketing contratada pelo misterioso Moe Berkus (Woody Harrelson) para popularizar a NASA. Claro que, a princípio, o chefe de lançamento Cole Davis (Channing Tatum) fica arredio com os métodos da jovem, mas entende que a presença dela é fundamental para que a viagem à lua ganhe apoio do congresso americano e das ruas.
Com direção de Greg Berlanti (de Com Amor, Simon), o longa transita entre a comédia e o drama, para dar mais profundidade aos personagens principais. A boa sacada é usar teorias da conspiração a favor da trama, que não irei revelar para não perder a graça – e aconselho, mais uma vez, que você não veja o trailer, que entrega muita coisa.
A grande estrela é Scarlett Johansson. Ela praticamente carrega o filme nas costas, muito por conta da falta total de carisma de Tatum – além de também não ter o mínimo química entre os dois. Johansson mostra toda sua versatilidade ao interpretar uma personagem que tem um passado nebuloso, com uma graça que conquista a todos. Toda o design de produção também é um brilho, favorecendo muito a imersão no longa.
O único ponto negativo de Como Vender a Lua são suas 2h12 de projeção. O longa poderia ter muito bem uns 20 minutos a menos, que ganharia em objetividade e diversão.
Como Vender a Lua resgata uma história real e coloca pitadas de ficção – e conspiração – para dar uma apimentada, o que acaba favorecendo o espectador, que vê Scarlett Johansson brilhando na tela em uma trama divertida.
