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Cinema

Crítica – Grande Sertão

Foto | Divulgação

A obra “Grande sertão: Veredas”, escrito por Guimarães Rosa, é um clássico da literatura nacional. Publicado em 1956, a obra modernista acompanha o jagunço Riobaldo. com suas memórias e reflexões, pelo sertão brasileiro.

Uma dessas memórias é a do jagunço Diadorim, por quem o protagonista nutre um interesse, sem perceber que se trata, na verdade, de uma mulher: Diadorina. Agora, 68 anos após a sua publicação – e apenas uma série da Globo como adaptação -, a obra chega aos cinemas nesta quinta-feira, 6, em uma releitura dos roteiristas Guel Arraes e Jorge Furtado em “Grande Sertão”.

Situado em um mundo distópico, onde o sertão se assemelha a comunidades cariocas e fica dentro de uma área murada, “Grande Sertão” tem um grande problema logo na premissa clássica da obra original. Um jagunço não reconhecer uma mulher também vestida de jagunço, dá para entender. Agora, o Riobaldo do filme é um professor, uma pessoa esclarecida. Entretanto, ele passa o filme todo se referindo a Diadorina – que usa roupas onde suas curvas e seu corpo feminino ficam à mostra – como um menino e isso soa estranho, para não dizer bizarro.

A ambientação também não ajuda muito. O fato de ser um futuro distópico não acrescenta nada à trama. Então, poderia se passar em qualquer lugar ou tempo e nada mudaria. As boas cenas de ação remetem claramente à obra-prima “Cidade de Deus”, tanto na fotografia, quanto nos tiroteios que acontecem durante a projeção.

Guel Arraes, que também dirige, é um gênio quando utiliza uma abordagem teatral em comédias – vide as maravilhosas “O Auto da Compadecida” e “Lisbela e o Prisioneiro”. Entretanto, em dramas, o efeito não é o mesmo. Os personagens falam gritando e muitas vezes não dá para entender o que dizem, prejudicando a experiência.

Caio Blat, que interpreta Riobaldo, tem a melhor atuação de sua carreira. O filme se divide entre ele, mais velho, relatando o que lembrava e uma versão dele jovem, vivenciando as aventuras. Os monólogos dele são tão excepcionais que se “Grande Sertão” tivesse só as cenas com ele relembrando, seria um espetáculo. Eduardo Steblitz também se destaca, apesar de sua caracterização ser claramente inspirada em Gollum, de “O Senhor dos Anéis”. Luiz Miranda é outro destaque como Zé Bebelo, assim como Rodrigo Lombardi, que dá vida a Joca Ramiro.

“Grande Sertão” prometia ser uma versão interessante da obra da qual foi adaptada, mas falha ao ser muito teatral e ao mostrar um mundo distópico que é pouco explorado.

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