A Bahia ganhou novos leitos para reabilitação e cuidados paliativos com a ampliação da Clínica Florence, único hospital de transição do Norte/Nordeste. Com a expansão, foram criadas 34 novas unidades para atendimento na sede localizada no bairro de Nazaré, em Salvador, elevando a capacidade total para 94 leitos.
“Com investimento de cerca de R$ 20 milhões, a Clínica Florence concluiu a ampliação da sua unidade em Salvador, que aumenta sua capacidade em 50%, o que permitirá atender 400 pacientes a mais por ano, com 94 leitos em operação. Além do impacto na assistência, a expansão também traz contribuição para a economia regional, com a expectativa de criar até 150 novos postos de trabalho, além de fomentar um modelo de negócio na área de saúde considerado inovador, que é capitaneado no Nordeste pela Florence.”, destaca Lucas Andrade, cardiologista, idealizador e diretor executivo da Clínica Florence.
Após a realização das obras, a estrutura física da Clínica Florence passou de 4.531 m² para 6.812 m² de área construída em estrutura horizontal, incluindo novas alas e a ampliação de áreas como cozinha, backoffice e jardim. “São instalações modernas e acolhedoras. Inauguramos também um novo jardim, com um projeto de paisagismo que contempla uma fonte de água, árvores frutíferas e plantas ornamentais, tudo pensado e executado com carinho, nos mínimos detalhes, para trazer leveza e bem-estar, permitindo, assim, um ambiente mais pessoal e personalizado para nossos pacientes e familiares.”, explica Marcelo Sonnenborn, diretor de Infraestrutura e Novos Projetos da Clínica Florence.
Este ano, além da expansão, a Clínica Florence comemora também o fato da unidade Salvador ter alcançado 91 pontos (média 2024) na nota do Net Promoter Score (NPS), uma ferramenta de avaliação da experiência utilizada em diversos serviços e países do mundo. A média do score em hospitais particulares brasileiros é de 56 pontos de acordo com a pesquisa divulgada em 2016 pela Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP). O resultado varia de menos -100 a +100. No caso da Clínica Florence, a pontuação mostra o índice de satisfação dos pacientes e familiares com a experiência de internação que atingiu a zona de encantamento, ápice da pesquisa.
Beneficiados
A expansão beneficiará pacientes com condições crônicas que necessitam de cuidados pós-alta, preparando os familiares para fornecer suporte adequado no retorno ao lar. A Clínica Florence, que recebe, por meio de convênio e particular, principalmente pacientes de hospitais gerais, oferece atendimento multidisciplinar, reabilitação intensiva e controle de sintomas, capacitando os cuidadores para a continuidade dos cuidados necessários.
Além disso, a ampliação atenderá pacientes com indicação para cuidados paliativos de fim de vida, que abordam todas as suas dimensões – física, psicológica, espiritual e social – promovendo a melhora da qualidade de vida tanto dos pacientes quanto de seus familiares.
“Estes novos leitos atenderão pacientes em recuperação de eventos graves, como AVCs, fraturas e internações prolongadas em UTI, que necessitam de reabilitação intensiva para recuperar sua independência funcional, minimizar sequelas e melhorar a qualidade de vida. Também poderão receber pacientes para cuidados paliativos de fim de vida, com foco em controle de dor e sintomas.”, acrescenta João Gabriel Ramos, diretor médico.”.
Maiara Lima, filha do ex-paciente Marcos Antônio Lima, paciente da unidade, fala sobre a experiência vivida: “O dia mais emocionante foi quando eu vi meu pai em pé, depois de dois meses hospitalizado, sem perspectiva de voltar a andar, e ver que ele estava em pé, dando seus primeiros passos… Viver o cuidado dos profissionais com ele, da Enfermagem, médicos e fisioterapeutas. Aqui, tive a esperança que meu pai poderia ter qualidade de vida mesmo após o AVC.”.
Hospital de transição
Este tipo de unidade hospitalar, como a Clínica Florence, é direcionado a pacientes que já não necessitam de internação em hospitais gerais, mas que se beneficiam de um período de acompanhamento profissional voltado para cuidados paliativos, reabilitação intensiva ou redução da complexidade do cuidado, além de capacitação de cuidadores e familiares antes do retorno ao domicílio. Nestes casos, o hospital de transição funciona como uma “ponte” para o domicílio, permitindo uma transição sem rupturas, ao passo que promove uma assistência interdisciplinar especializada para pacientes que possuem uma alta intensidade de cuidados.
Os pacientes em reabilitação funcional são aqueles que sofreram um evento agudo recente, que ocasionou significativa perda de funcionalidade para realização de atividades básicas da vida, como se locomover, comer ou tomar banho. Esses eventos causadores podem ser diversos, como AVC, fratura de fêmur, pós-operatório de cirurgia de grande porte, politraumas, internação prolongada em UTI, forma grave de Covid-19, entre outras condições que ocasionaram perda recente de independência funcional.
É também a oportunidade de promoção de qualidade de vida e controle de sintomas para pacientes em cuidados paliativos de fim de vida, acometidos por doenças oncológicas avançadas, demência com marcadores de fase final de vida, insuficiência cardíaca avançada, doença pulmonar obstrutiva crônica grave, doenças degenerativas, entre outros. É comum que estejam em internações hospitalares prolongadas e sem perspectiva de cura ou melhora funcional. As internações são feitas de forma exclusivamente referenciada através da indicação da área técnica da operadora de saúde com a concordância do médico assistente e dos familiares.