O dublê Cat Stevens (Ryan Gosling) sofre um acidente e abandona a profissão. Porém, ele é chamado para participar do novo filme da diretoria Jodi (Emily Blunt) e precisa descobrir o paradeiro de Tom Rayder (Aaron Taylor-Johnson), o astro do filme em O Dublê, é uma ação romântica e é o destaque dos cinemas, já que entrou em cartaz neste feriado.
Adaptação do seriado oitocentista Duro na Queda, o gênero do filme é exatamente o que escrevi acima: uma ação romântica. Só em um filme do diretor David Leitch (dos ótimos e divertidos Trem Bala e Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw) é que veríamos a canção romântica “Against All Odds (Take a Look At Me Now)”, de Phil Collins, na voz da atriz Emily Blunt, sendo a trilha de uma espetacular cena de ação nas ruas de Sidney, na Austrália, onde o filme se passa.
O diretor, que foi dublê de Brad Pitt, é um mestre em cenas de ação, com o timing perfeito para não se estender e deixar o espectador preso na cadeira com suas maluquices cinematográficas. A montagem do longa, de Elísabet Ronaldsdóttir, deixa tudo ainda mais divertido, com cortes rápidos, mas que são capazes de nos mostrar onde cada personagem está e o que ele está fazendo.
A química entre Ryan Gosling e Emily Blunt também diverte. Aliás, dificilmente um filme com essa dupla seria ruim. Enquanto Ryan é um romântico apaixonado, que chora ouvindo Taylor Swift no carro, Emily Blunt é a mais firme do casal. Aaron Taylor-Johnson – o provável próximo James Bond – incorpora um astro insuportável e se sai bem, como sempre também.
O elenco foi beneficiado por um roteiro bem escrito, direto, com diálogos divertidos e que remetem a diversos filmes, com Ryan brincando com seu amigo Dan Tucker (o ótimo Winston Duke) sobre frases de longas famosos. Ponto para o roteirista Drew Pearce
O Dublê é um dos mais divertidos do ano e já entrou na categoria daqueles que sempre que passar em algum lugar, a gente vai parar para assistir.
