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Literatura

Raul Seixas é o homenageado na edição 2024 da FLIPELÔ

Raul Seixas teve uma carreira curta, que durou apenas 26 anos, mas os 17 álbuns que lançou definiram o rock nacional

Foto | Ivan Cardoso

A edição 2024 da Festa Literária Internacional do Pelourinho (FLIPELÔ), que acontecerá de 7 a 11 de agosto, no Centro Histórico de Salvador, vai homenagear o poeta, cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista Raul Seixas (1945–1989), considerado o pai do rock brasileiro. Um mestre das palavras, que desde a infância desenvolveu uma paixão pelos livros.

Trazer Raul Seixas como homenageado em uma Festa Literária é revelar, especialmente para as novas gerações, o quanto a literatura teve significado para ele, contribuindo com o seu talento, libertando a sua mente para criar letras e harmonias únicas e muito criativas.

Durante a adolescência, o baiano maluco beleza passava horas na vasta biblioteca do pai, repleta de clássicos da literatura. Suas grandes paixões eram a filosofia e livros de ficção. Raul Seixas adorava escrever contos, poesias e histórias em quadrinhos. Pensava em ser escritor, citava Jorge Amado como referência, como consta em depoimento no livro Raul Seixas: Uma antologia (1992), de Sylvio Passos e Toninho Buda: “Eu queria ser escritor, feito Jorge Amado, vivendo de meus livros, escrevendo o dia todo, com uma camisa branca aberta no peito e cigarro caindo do lado”.

E foi escritor. Compôs grandes poesias, depois transformadas em canções que conquistaram o povo brasileiro. Raul Seixas teve uma carreira curta, que durou apenas 26 anos, mas os 17 álbuns que lançou definiram o rock nacional.

Homenagem

A FLIPELÔ sempre homenageia pessoas que tenham alguma relação com o universo amadiano. Entre as justificativas apresentadas por Angela Fraga, diretora executiva da Fundação Casa de Jorge Amado, é que Raul Seixas, assim como Amado, foi buscar na cultura popular o tempero de suas obras. Importante destacar que ele pegou o rock de Elvis Presley e misturou aos ritmos dançantes nordestinos, como o baião e o xaxado.

“Também igual a Jorge Amado, questionou as desigualdades sociais vigentes. Raul Seixas defendia uma sociedade alternativa, o que o levou a virar alvo da ditadura militar. Teve sua obra censurada, foi perseguido e exilado”, acrescentou Ângela.

“Mas nada disso diminuiu a força da sua obra, que segue viva e atual. Raul Seixas é um dos maiores artistas brasileiros. É referência às velhas e novas gerações. Suas palavras, como as de Jorge Amado, são contemporâneas, definem o Brasil de hoje: um país que segue em uma ‘metamorfose ambulante’. E é essa obra potente do Maluco Beleza que a FLIPELÔ vai debater e reverenciar”, finalizou a diretora executiva da Fundação Casa de Jorge Amado.

A FLIPELÔ é uma realização da Fundação Casa de Jorge Amado, em correalização com o Sesc.

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