Um dos maiores músicos de todos os tempos, Bob Marley já merecia ter uma cinebiografia nos cinemas. Com uma história rica, agora, podemos saber um pouco mais do jamaicano no filme “Bob Marley: One Love”, que já está em cartaz nos cinemas! (isso mesmo, estreou em plena segunda de Carnaval!).
Dirigido por Reinaldo Marcus Green (do ótimo “King Richard: Criando Campeãs”), o longa foca em três anos da vida de Bob Marley, interpretado magistralmente por Kingsley Ben-Adir. No período em que a Jamaica está vivendo praticamente uma guerra Civil, o cantor decide fazer um show para buscar a paz. Mas, claro, muitas pessoas lucram com guerra e farão de tudo para que Bob não seja um mensageiro da paz.
O filme começa já com um problema que será repetido no final. Letreiros situam o expectador, mas as informações contidas poderiam ser facilmente explicada com imagens – ao contrário do letreiro de Star Wars, por exemplo, que situa todo um universo complexo. E quem espera conhecer mais um Bob Marley pai, até marido, vai se decepcionar um pouco. Aliás, em nenhum momento ele beija a esposa Rita, interpretada também magistralmente por Lashana Lynch (007 – Sem Tempo para Morrer).
A grande questão do filme é mostrar o impacto de Bob Marley no mundo e como isso foi importante para o que ele queria fazer: unificar a Jamaica. E aí o filme acerta em cheio. Bob, já famoso, roda o mundo em turnê e busca sempre palavras de paz. A trilha sonora, obviamente, é fantástica, com as músicas de Bob, que ganham uma maior dimensão com as legendas mostrando a força das palavras do artista. O roteiro acerta ao voltar no tempo só em momentos chaves da vida do artista quando criança e adolescente, sem se tentar buscar uma narrativa cronológica, o que, nesse caso, é um acerto.
O final tem o mesmo problema do início, com letreiros mostrando algumas coisas que deveriam ter sido mostradas no filme. Porém, é inegável que, ao utilizar esse recurso e, logo depois mostrar a imagem real de Bob Marley, o filme chega ao ápice da emoção, sendo impossível não derramar ao menos uma lágrima.
E, ao sair dos cinemas, não tem como não correr para o streaming e ouvir as canções do artista – e procurar saber ainda mais sobre a história dele.