Muito se esperava dessa nova turnê de Ivete Sangalo. Comemorando 30 anos e com uma nova empresa por trás da grande estrutura da festa, Ivete mostrou seu carisma e sua voz como sempre – e pouco importava toda a fabulosa estrutura com telões gigantes e inúmeros bailarinos, em um palco igualmente enorme, e pulseiras coloridas para o público à lá Coldplay.
Ivete é uma grande artista e show-woman que tem um domínio completo do palco – coisas que raríssimas cantoras brasileiras têm. A cantora até voou no palco na canção “Gigante”, em uma bela coreografia, e em “Eva”, um grande hino do Carnaval baiano.
Com um repertório repleto de sucessos de seus 30 anos de carreira e algumas músicas novas, Ivete começou com o pé direito sua turnê, que contou com as participações de Ludmilla, em dueto com a cantora em “Macetando”, que ainda não me pegou, e no sucesso da funkeira “Cheguei”, e Andrea Kisser, que tocou “Refuse/Resist’, de sua banda Sepultura, além de emendar “Cadê Dalila” com Ivete.
Setlist que muitas vezes foi criticado pelos próprios fãs, mas que é imbatível. “Céu da Boca”, “Alegria”, “Galera”, “Sorte Grande (Poeira)” e tantas outras levavam o público à loucura. Também teve o momento mais relax, com “A Lua que te Dei” e “Quando a Chuva Passar”.
A cantora estava, como sempre, à vontade no palco e brilhou ainda com as filhas gêmeas, Helena e Marina, que “acompanharam” a mãe cantando “Se Saia”, no momento fofura do show. A emoção tomou conta de Ivete em “Rua da Saudade”. Durante a apresentação, fotos da família e da cantora jovem fez a artista pedir ajuda do público para cantar.
As imagens do telão eram de extremo bom gosto e Ivete se desdobrou – e mostrou fôlego – para trocar de figurino durante a apresentação. Que ano que vem tenhamos um novo especial neste mesmo nível. E vida longa à carreira de Ivete Sangalo.