15 anos após conhecermos e nos divertirmos com a turma do Pelourinho formada por Roque, Neusão, Dona Joana, Reginaldo e companhia, em “Ó Paí, Ó”, vamos acompanhar uma nova aventura desses personagens em “Ó Paí, Ó 2”, que já está nos cinemas de Salvador e estreia em circuito nacional no dia 23 de novembro.
Primeiro, se você é um daqueles leitores obtusos, que acha que tudo é “esquerdismo”, “comunismo” etc, pode ir embora, pois você não tem nem inteligência para analisar algo. Se continuou, então, vamos ao filme. Na trama, Neusão perdeu o seu tradicional bar. Os amigos estão vão se reunir em uma espécie de “Vingadores do Pelourinho” para fazer de tudo para ela recuperar seu ponto. Para isso, cada um vai usar de seu “poder” para ajudar – e nos fazer rir.
Com 90 minutos, o longa é leve e divertido, com destaque para a direção de Viviane Ferreira, que substitui Monique Gardenberg – que comandou o primeiro filme. Roque (Lázaro Ramos) e Érico Brás (Reginaldo) continuam à vontade, assim como os outros excelentes atores como Tânia Toko (Neusão), Luciana Souza (Dona Joana), incluindo os novos, como Vinícius Nascimento – que participou do primeiro ainda criança – e Clara Buarque. O elenco é uma maravilha à parte. “Ó Paí, Ó 2” ainda reúne homenagens para a música da Bahia, reunindo Guiguiu, Margareth Menezes, Pierre Onassis e Tinganá Santana, além dos novos Atoxxá, BaianaSystem, A Dama etc.
O único senão do longa é que, por ter muitos personagens e diversos arcos, as coisas saem apressadas, sem profundidade – mas, profunda sim é a mensagem que o longa passa ao mostrar as dificuldades do povo negro em Salvador. Ainda mais que existem uns quatro números musicais, diminuindo ainda mais a minutagem para desenvolver algumas situações. “Ó Paí, Ó 2” diverte e nos mostra um lado humano – e esquecido por muitos – do Pelourinho e seus moradores.
E como o elenco jovem também dá conta do recado, quem sabe não possa surgir “Ó Paí, Ó 3”, mas que a gente não precise esperar mais 15 anos.
