Cinema

Artista plástico e cineasta baiano Chico Liberato é homenageado com documentário

Foto | Divulgação

“A Arte é a essência da experiência vivida pela humanidade”. A frase é do artista plástico Chico Liberato (1936-2023), nome de enorme relevância na história da arte contemporânea, especialmente como pioneiro no cinema de animação e criador de espaços para estudo, produção e exposição das artes na Bahia, atendendo a demanda de artistas consagrados e da formação de novos talentos. 

Uma trajetória que verdadeiramente merece uma grande homenagem, como acontece agora, com a participação de membros da sua família e depoimentos de companheiros também dedicados à arte em um longa em formato de documentário, que conta a sua história tendo como ponto de partida a casa onde viveu há mais de quarenta anos. Vídeos e filmagens de visitas a lugares importantes que Chico viveu também foram usados no documentário.

O lançamento do Doc “A vida é da cor que pintamos” acontece na Saladearte Cine MAM, dia 07/12, às 19h, apenas para convidados, seguido de bate-papo com a equipe técnica e familiares de Chico Liberato que participaram da obra. O longa fica em cartaz até 13/12, aberto ao grande público. São 93 minutos de exibição sobre a vida e a obra de Chico Liberato, mesclando imagens documentais com desenho animado e desvendando a influência de fatos marcantes da vida do cineasta até o momento de realização da sua obra mais significativa, o longa e desenho animado  “Boi Aruá”.

O documentário foi produzido com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA / ANCINE (Agência Nacional do Cinema), através do BRDE – Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul, pela Liberato Produções Culturais, fundada por Chico Liberato no ano de 1977 e atualmente gerida pela sua filha e produtora Candida Luz Liberato. Ela também assina a co-direção da obra, junto com o diretor Jorge Alfredo Guimarães.

A distribuição está sendo realizada pela Boulevard Filmes, com amplitude de 25 a 50 salas, com lançamento que ainda prevê pré-estreias, sessões com debate, parcerias com museus e exibições cineclubistas. Entre as principais praças estão Salvador, Curitiba, Goiânia, João Pessoa, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória do Espírito Santo.

“O título do Doc foi uma escolha baseada numa fase da pintura de Chico Liberato, em que ele assinou várias obras com a nomenclatura  ‘A vida é da cor que pintamos’. Outros membros da nossa família também participaram desse filme, como uma homenagem derradeira. João Liberato assina a música e a trilha sonora; Flor e Dalia Liberato, sob a direção de Lia Robatto, coreografaram um tema do filme Boi Aruá; Alba Liberato foi responsável por todas as pesquisas e referencias para a construção do roteiro do doc, com a assinatura de Ingra Lyberato, que também dançou um tema de Boi Aruá’’, revela Candida Luz Liberato.

Obra singular

Francisco Liberato de Matos, conhecido como Chico Liberato, artista plástico e cineasta, terá sua história contada pelas suas próprias obras, depoimentos da família e amigos, assim como imagens audiovisuais do seu cotidiano criativo na casa que testemunhou fatos marcantes da sua vida pessoal e profissional, sua produção artística, os inúmeros encontros com artistas, o surgimento de ideias e movimentos artísticos, assim como a construção da sua família e a transformação de muitas pessoas que tiveram a sorte de interagir com ele.

“Tem cenas do dia a dia de Chico Liberato nesta casa, no quintal, colhendo mangas, bananas, jacas, recebendo amigos… E também trouxemos imagens do seu legado nas artes plásticas e no cinema de animação para ilustrar ou dramatizar sentimentos.”, explica a co-diretora, Cândida Luz.

Os depoimentos são valorosos: o pintor Juarez Paraiso, que organizou junto com Liberato as duas únicas Bienais da Bahia; o cantor e compositor Xangai; a coreógrafa, dançarina e parceira de trabalho, Lia Robatto; o artista plástico Juraci Dórea; o compositor, músico e produtor musical de Boi Aruá, Carlos Pitta; o artista plástico Renato da Silveira; o diretor de cinema Otto Guerra; o diretor de cinema José Araripe; seu grande amigo e parceiro da Jornada, evento que primeiro o instigou a produzir cinema, Guido Araujo; o amigo sertanejo Dedega; a companheira para toda vida, Alba Liberato, e outros familiares.

Segundo a filha e também produtora cultural do filme, a obra documenta em 90 minutos a vida do artista e cineasta baiano Chico Liberato, suas influências através das profundas transformações que se permitiu passar e que se refletiram na sua expressão artística e em suas relações com o mundo. 

“As transformações se deram em claras transições ao longo de sua história, guiadas por um despertar do forte chamado da arte. É possível transitar sem se transformar, mas Chico transformou-se continuamente e foi estímulo de profundas mudanças para aqueles que se abriram à sua influência. Um artista brasileiro, cuja obra singular é reconhecível em qualquer lugar do mundo. Pioneiro nas linguagens e inovador nas expressões plásticas, sempre teve como referência a essência da cultura brasileira: a afro-religiosa, os grafismos indígenas, sua indumentária e arte plumária e a cultura ibérica preservada no sertão do Brasil. Sua presença no cinema de animação brasileiro rompeu os ditames da escola da Disney, estreando o traço genuíno com influência cordelística. Verdadeiras obras primas de pintura animada, como seu primeiro longa, ‘O Boi Aruá’, realizado no porão de sua casa com produção durante três anos com outros desenhistas, sendo o quinto longa em animação do Brasil”, detalha Candida Luz.

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