Estamos entrando em um dos períodos mais simbólicos do ano: o Outubro Rosa. Este mês foi adotado em vários países para promover ações visando o diagnóstico precoce e redução da mortalidade pelo câncer de mama.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, ficando atrás apenas das neoplasias de pele não melanoma, e é a principal causa de morte por câncer na população feminina. Quando realizado o diagnóstico precoce, as taxas de cura podem chegar a 95%, explica a mastologista do Itaigara Memorial, Dra. Carolina Valverde.
A maioria dos casos de câncer de mama não apresenta sintomas em seu estágio inicial, por isso, o rastreio é indicado para todas as mulheres.
Algumas alterações indicam a necessidade de avaliação imediata por um mastologista:
– Nódulos palpáveis em mamas ou axilas;
– Saída de secreção sanguinolenta ou cristalina pela papila;
– Alterações na pele das mamas (espessamento, vermelhidão ou retração);
– Feridas que não cicatrizam.
Ainda de acordo com Dra. Carolina, o tratamento de câncer de mama é sempre cirúrgico, podendo haver a necessidade de tratamentos complementares, como a quimioterapia, radioterapia, inibidores hormonais e anticorpos monoclonais, cuja indicação depende do subtipo histológico (que é definido por exames realizados no material biopsiado).
Para o tratamento do câncer de mama, existem duas cirurgias principais, que podem ser realizadas no Itaigara Memorial Hospital Dia, com alta no mesmo dia:
- Cirurgia conservadora da mama – Também chamada de quadrantectomia, o procedimento consiste na retirada do segmento da mama que contém o tumor, com margens livres de doença. Sua indicação depende, entre outros fatores, da extensão de doença e relação de tamanho entre o tumor e a mama.
- Mastectomia – Pode ser realizada com ou sem reconstrução imediata, de acordo com as condições clínicas e desejo da paciente.
A principal via de disseminação do câncer de mama ocorre para os linfonodos axilares, e diante do diagnóstico de câncer mamário, deve ser avaliada a abordagem cirúrgica destes linfonodos.
CONGELAÇÃO INTRAOPERATÓRIA
A biópsia por congelação intraoperatória, mais conhecida como “congelação”, é feita quando o médico patologista estuda uma amostra de tecido durante o procedimento cirúrgico. Por exemplo, nos casos em que é necessário avaliar o comprometimento axilar pela doença, quando são identificados e retirados os linfonodos. Estes linfonodos são avaliados pelo médico patologista durante a cirurgia, e em caso de comprometimento por doença, pode haver a indicação de “esvaziamento axilar”, ou ressecção cirúrgica das cadeias linfonodais axilares, esclarece Dra. Carolina Valverde.
Da mesma forma, podem-se obter informações sobre lesões mamárias, além da avaliação de margens cirúrgicas em alguns casos. No Itaigara Memorial oferecemos o serviço de biópsia por congelação através da parceria com o laboratório IMAGEPAT.
PREVENÇÃO
Existem hábitos que, se incorporados à rotina, podem reduzir o risco de câncer de mama, como por exemplo:
- Prática regular de atividades físicas;
- Dieta balanceada;
- Controle de peso;
- Não fumar;
- Evitar excesso de bebidas alcoólicas.
Além das medidas preventivas, devemos ter consciência de que o diagnóstico precoce salva vidas! Ele é possível através da realização dos exames de rastreio, que para mulheres sem sintomas mamários, consiste na realização de mamografia anual a partir dos 40 anos, associada a ultrassonografia de mamas e axilas no caso de mamas densas, além da avaliação com mastologista. Para pacientes com risco aumentado devido a histórico familiar, o rastreio pode ser indicado antes dos 40 anos.